O ladrão de meias Rogério Pereira Campo Largo – PR O cronista e seu filho são os únicos jogadores de uma partida de futebol sem regras, em que as traves são feitas de livros de contos e romances Agosto de 2021, Edição 256, Rogério Pereira
Quando ele chegar Rogério Pereira Campo Largo – PR Envergaremos nossas melhores palavras na tentativa de impressionar um ao outro; contaremos causos, sempre levando em conta o oceano temporal que nos separa Edição 255, Julho de 2021, Rogério Pereira
O silêncio da voz Rogério Pereira Campo Largo – PR A morte o arrastou de repente, em poucos dias estava morto; agora, um silêncio estrondoso invade o cotidiano agônico que nos cerca Edição 254, Junho de 2021, Rogério Pereira
O ladrão de histórias Rogério Pereira Campo Largo – PR O trajeto lembrava um João malfeitor a jogar migalhas de pão pelo caminho, até que no escritório encontrou o pote a transbordar anéis Edição 253, Maio de 2021, Rogério Pereira
Pequenos equívocos Rogério Pereira Campo Largo – PR Cantamos músicas ridículas para embalar um nadador que nunca se completou e nisso também nos parecemos: nadamos feito avestruzes abandonados numa cachoeira Abril de 2021, Edição 252, Rogério Pereira
O naufrágio Rogério Pereira Campo Largo – PR Precisávamos nos aboletar em velhos fuscas, brasílias, por estradas de terra, até a igreja; a noiva teria o privilégio de ir no banco da frente Edição 251, Março de 2021, Rogério Pereira
A roseira Rogério Pereira Campo Largo – PR De tempos em tempos, a mãe me estendia um copo plástico com água, era preciso regar a roseira, um prosaico plano para mantê-la viva Edição 250, Fevereiro de 2021, Rogério Pereira
Insônia Rogério Pereira Campo Largo – PR Ali mesmo fazíamos a assepsia dos corpos de muitos ossos e pouca carne, pois a suculência de um tico-tico é apenas um estalo entre os dentes Edição 249, Janeiro de 2021, Rogério Pereira
Três cavalos Rogério Pereira Campo Largo – PR Por que estes cavalos ficam aqui? Não sei nada sobre os animais, apenas que há alguns anos ocupam todo o amplo terreno no final da rua Dezembro de 2020, Edição 248, Rogério Pereira
O ano que nunca existiu Rogério Pereira Campo Largo – PR Para mim, 1994 é apenas uma cicatriz aberta, por onde sangram um livro de capa vermelha e dezenas de outras ausências Edição 247, Novembro de 2020, Rogério Pereira