🔓 Não me empurre para os perdidos

“Escrever um romance é também pescar baleias. Precisamos do mesmo esforço físico e fatalmente da mesma incompreensão”
NĂŁo me empurre para os perdidos
MaurĂ­cio Melo JĂşnior
Cepe
185 págs.
01/12/2020

“Escrever um romance é também pescar baleias. Precisamos do mesmo esforço físico e fatalmente da mesma incompreensão”, anota o tradutor e escritor F., protagonista desta que é a segunda narrativa de fôlego de Maurício Melo Júnior. Na trama, o olhar de um estrangeiro estudado recai sobre um país ainda marcado pela cultura da escravidão na década de 1920. Com toques metaliterários, a história se desenvolve em três eixos: todas com o objetivo de valorizar a literatura e a leitura, tendo como pano de fundo os contrastes que marcam o Brasil a partir do Recife — município do estado natal de alguns importantes intelectuais nacionais, como Gilberto Freyre. Além disso, o romance flerta — direta e indiretamente — com Franz Kafka. Segundo Carlos Nejar, que assina a orelha da obra, a frase do escritor tcheco utilizada como epígrafe deste Não me empurre para os perdidos traz consigo uma importante chave de leitura: “Tive algumas apreensões no tocante a descobrir se a minha vida seria bastante para a duração de minha existência”.

Rascunho

O Rascunho foi fundado em 8 de abril de 2000. Nacionalmente reconhecido pela qualidade de seu conteúdo, é distribuído em edições mensais para todo o Brasil e exterior. Publica ensaios, resenhas, entrevistas, textos de ficção (contos, poemas, crônicas e trechos de romances), ilustrações e HQs.

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