🔓 Silviano Santiago é eleito para a Academia Mineira de Letras

Autor de vasta obra crítica e ficcional, ele ocupará a cadeira número 13 da instituição, vaga desde o falecimento do acadêmico Paulo Tarso Flecha de Lima
Silviano Santiago, que foi eleito para a Academia Mineira de Letras
20/10/2021

O escritor e crítico Silviano Santiago foi eleito para a Academia Mineira de Letras, em sessão realizada nesta segunda-feira (18). Com 35 votos a favor de sua admissão, Santiago ocupará a cadeira de número 13, vaga desde o falecimento do acadêmico Paulo Tarso Flecha de Lima.

Santiago é o quinto sucessor da cadeira número 13, cujo Patrono é Xavier da Veiga, sendo o fundador Carmo Gama. A cadeira já foi ocupada também por Godofredo Rangel, Antônio Moraes e João Franzen de Lima.

“A Academia Mineira de Letras elegeu hoje um dos mais importantes intelectuais brasileiros. Silviano Santiago fez e continua fazendo história”, disse em nota Rogério Faria Tavares, presidente da AML.

Silviano Santiago é o segundo nome de expressão nacional a entrar na instituição neste mês. No último dia 11, o jornalista Humberto Werneck foi eleito para a cadeira número 5 da AML.

A obra de Silviano Santiago está marcada pela grande ligação com Minas Gerais, especialmente Belo Horizonte, onde o escritor viveu seus anos de formação.  Na cidade, ele integrou a chamada “Geração Complemento”, ao lado de nomes como Ary Xavier, Ezequiel Neves, Theotonio dos Santos e Ivan Angelo. Doutor pela Sorbonne, foi professor visitante em Yale, Stanford e Princeton.

Em 2011, o escritor participou do Paiol Literário, evento realizado pelo Rascunho, e lembrou o início de sua trajetória. “Fui com a família para Belo Horizonte, e de lá, sozinho, para o Rio de Janeiro”, diz.

“Ganhei uma bolsa de estudos do governo francês para estudar na França. Da França, fui trabalhar nos Estados Unidos. Lá, trabalhei 12 anos como professor. Aí, voltei ao Brasil, retornei várias vezes aos Estados Unidos, à França e ao Canadá como professor visitante.”

Autor de vasta obra, escreveu livros importantes na crítica literária, como Uma literatura nos trópicos e O cosmopolitismo do pobre. Entre seus livros de ficção, destacam-se Stella Manhattan, Mil rosas roubadas, Machado e O menino sem passado.

Rascunho

Rascunho foi fundado em 8 de abril de 2000. Nacionalmente reconhecido pela qualidade de seu conteúdo, é distribuído em edições mensais para todo o Brasil e exterior. Publica ensaios, resenhas, entrevistas, textos de ficção (contos, poemas, crônicas e trechos de romances), ilustrações e HQs.

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