Em fevereiro o Rascunho chega à edição número 250. Editado em Curitiba desde abril de 2000, o periódico recentemente ganhou mais páginas — passou de 32 para 48 — e inaugurou novo site, que além de abrigar todo material da versão impressa, traz conteúdos exclusivos, em atualizações diárias, com notícias, crônicas, resenhas, entrevistas e reportagens.
Neste mês, um dos destaques é a entrevista com o português José Luís Peixoto, que acaba de lançar Regresso a casa, após um intervalo de 12 anos sem publicar poesia. Lançado em 2020, o livro foi escrito durante a pandemia que desafia o mundo: “A poesia acabou por ser a minha maneira de lidar, através da literatura, com o que estava a viver”, diz.
Arthur Marchetto escreve ensaio sobre a trajetória do editor italiano Roberto Calasso, que teve dois livros publicados no Brasil recentemente — A marca do editor e O inominável atual.
Outro autor internacional, George Orwell também ganha espaço. Ao entrar em domínio público no começo de 2021, sua obra teve uma enxurrada de novas edições em português. Fábio Lucas fala sobre o legado político e literário do inglês e do recente ensaio biográfico escrito por Richard Bradford — Orwell, um homem do nosso tempo.
Há ainda resenhas sobre autores contemporâneos, como a chilena Lina Meruane, a argentina Ariana Harwicz, a americana Jacqueline Woodson e os brasileiros João Saraiva e Pedro Gonzaga, além de textos sobre reedições, como é o caso do romance Thérèse Desqueyroux, de François Mauriac, em tradução de Carlos Drummond de Andrade.
Às resenhas de livros e à seção de ficção e poesia inéditos, soma-se aquele que é um dos grandes diferenciais do Rascunho: o grande time de colunistas, composto por Alcir Pécora, Carola Saavedra, Eduardo Ferreira, Fabiane Secches, João Cezar de Castro Rocha, Jonatan Silva, José Castello, José Castilho, Luiz Antonio de Assis Brasil, Maíra Lacerda, Nelson de Oliveira, Nilma Lacerda, Noemi Jaffe, Ozias Filho, Raimundo Carrero, Rinaldo de Fernandes, Tércia Montenegro e Wilberth Salgueiro.
O Rascunho foi fundado em 8 de abril de 2000 pelo jornalista e escritor Rogério Pereira. Com sede em Curitiba e distribuído para todo o Brasil e exterior, é nacionalmente reconhecido pela qualidade de seu conteúdo. Publica ensaios, resenhas, entrevistas, textos de ficção (contos, poemas, crônicas e trechos de romances), ilustrações e HQs. O conteúdo mensal aborda a produção dos principias nomes da literatura brasileira e estrangeira.