Nesta quinta-feira (17), a coluna “Um certo alguém”, do site do Itaú Cultural, tem como convidada a mineira Cidinha da Silva. Publicada semanalmente, a coluna é composta por uma breve entrevista, com quatro perguntas-padrão: qual é a história de sua maior saudade? o que o emociona no dia a dia? como você se imagina no amanhã? e quem é? Elas abordam passado presente e futuro, de forma a aproximar, a cada nova edição, público e personalidades do meio da arte e da cultura.
Juntamente com a pequena entrevista, a coluna publica tambĂ©m a crĂ´nica Trem desgovernado, texto que integrará o novo livro de Cidinha, ainda sem tĂtulo e previsĂŁo de lançamento.
Nascida de em Belo Horizonte, Cidinha Ă© autora de 17 livros, entre crĂ´nicas, contos, ensaios, dramaturgias e literatura infanto juvenil. Um deles, Um Exu em Nova York, recebeu o PrĂŞmio da Biblioteca Nacional, na categoria contos, em 2019.
No mesmo ano, o ensaio ExplosĂŁo feminista, do qual Ă© co-autora, foi finalista do Jabuti e recebeu o PrĂŞmio Rio Literatura 4ÂŞ edição. Nesta entrevista ao ItaĂş Cultural, ela conta que, vĂŞ a si mesma, antes de qualquer outra coisa, como uma mulher negra vivendo em um paĂs racista, duas condições que precedem tudo e sĂŁo determinantes de todas as outras.
“Saudade Ă© um troço duro de sentir, talvez por isso eu tenha poucas”, conta a escritora.“Os shows terminavam no entardecer, quando o cĂ©u de Belo Horizonte Ă© ainda mais bonito”, recorda. “Eu e vários amigos e amigas descĂamos a pĂ© do parque atĂ© o centro da cidade. Passávamos pelas casas riquĂssimas do bairro Mangabeiras, pela Praça do Papa, e descĂamos toda a Avenida Afonso Pena, cantando, rindo, brincando. Era um perĂodo de muito sonho e projetos de futuro.”