Uma entrevista com a pernambucana Micheliny Verunschk abre a edição de maio do Rascunho, que já está disponível no site. Ela fala a Tomaz Amorim Izabel sobre seu mais recente romance, O som do rugido da onça, que parte de um fato real, o sequestro de crianças indígenas no século 19, para discutir a “cosmovisão indígena”.
No mês em que Thomas Pynchon completa 84 anos, o jornalista Luiz Rebinski escreve um diário de leitura de O arco-íris da gravidade, o romance mais celebrado do escritor americano, publicado em 1973.
Ignácio de Loyola Brandão é o convidado da seção “Inquérito” de maio. Ele responde questões sobre livros “imprescindíveis” e “descartáveis” e os “limites” da ficção. “Se houvesse [limites], Kafka não teria escrito A metamorfose, García Márquez Cem anos de solidão”, diz o escritor, que está trabalhando em um novo romance, chamado Por que Deus não diz claramente o que quer?.
Resenhas
Entre as resenhas, destaque para a análise de Ramon Ramos sobre Arremate, mais recente livro do poeta carioca Armando Freitas Filho. Raquel Matsushita escreve sobre o primeiro romance de Marcela Dantés, Nem sinal de asas. A autora foi semifinalista do Prêmio Oceanos com a coletânea de contos Sobre pessoas normais, publicada em 2016.
Há ainda resenhas sobre o romance No fundo do oceano, os animais invisíveis, de Anita Deak, assinada por Edma de Góis, o livro de poemas Rapaz com cicatriz, de José Eduardo Escobar Nogueira, escrito por Cristiano Sales. Luiz Horácio comenta a coletânea de contos Alguém vai ter que pagar por isso, mais recente livro do baiano Luís Pimentel.
Entre os livros de autores estrangeiros, Clayton de Souza escreve sobre Na ponta da língua, do dramaturgo Peter Brook, Gisele Eberspächer fala sobre Os viajantes, romance da americana Regina Porter. Já Márcia Lígia Guidin analisa o mais recente romance do fenômeno Elena Ferrante, A vida mentirosa dos adultos.
Na seção “Rascunho Recomenda”, indicações de livros de Ferréz, Luiz Mauricio Azevedo, Monique Melcher, Babi Borghese, Dirceu Villa, Márcia Wayna Kambeba, Mário Medeiros e Alexandre Staut.
Inéditos e colunistas
Na seção de poesia brasileira, a editora Mariana Ianelli seleciona trabalhos de Daniela Galdino, Daniel Arelli, Lorena Martins, Lourival Serejo, Vera Lúcia de Oliveira e Michaela V. Schmaedel. Além disso, o paraibano Carlos Marcelo publica trecho do romance Os planos. E o tradutor André Caramuru Aubert verte para o português poemas do irlandês Seamus Deane.
Além disso, o Rascunho oferece ao leitor um grande time de colunistas, formado por: Alcir Pécora, Carola Saavedra, Eduardo Ferreira, Fabiane Secches, João Cezar de Castro Rocha, Jonatan Silva, José Castello, José Castilho, Luiz Antonio de Assis Brasil, Maíra Lacerda, Nelson de Oliveira, Nilma Lacerda, Noemi Jaffe, Ozias Filho, Raimundo Carrero, Rinaldo de Fernandes, Tércia Montenegro e Wilberth Salgueiro. A arte da capa é assinada pela artista visual Hallina Beltrão.
Histórico
O Rascunho foi fundado em 8 de abril de 2000 pelo jornalista e escritor Rogério Pereira. Com sede em Curitiba e distribuído para todo o Brasil e exterior, é nacionalmente reconhecido pela qualidade de seu conteúdo. Publica ensaios, resenhas, entrevistas, textos de ficção (contos, poemas, crônicas e trechos de romances), ilustrações e Hqs. O conteúdo mensal aborda a produção dos principias nomes da literatura brasileira e estrangeira.