🔓 O soneto perdido de Neruda

Original datilografado do poema “Sangre de toro”, publicado em 1969, foi encontrado no espólio de uma amiga do Prêmio Nobel chileno
O chileno Pabro Neruda, autor do soneto “Sangre de toro”
29/09/2020

(29/09/2020)

Quase 50 anos após a morte de Pablo Neruda (1904-1973), um soneto original do poeta foi encontrado no Chile. O texto datilografado é a primeira versão de Sangre de toro, escrito em 1965 em homenagem a um popular vinho húngaro. Ele o escreveu durante uma viagem de lazer em agosto daquele ano à Hungria, junto com o escritor guatemalteco Miguel Ángel Asturias e suas respectivas esposas. Anos depois, os dois escritores receberiam o Nobel de Literatura: Asturias em 1967 e Neruda em 1971.

O texto não é inédito, foi publicado quatro anos depois da viagem, em 1969, no livro Comiendo en Hungría. A obra saiu em húngaro, castelhano, francês, alemão e russo. Mas ao contrário da primeira versão que agora aparece, o poema incluído naquela edição tem leves alterações.

O soneto foi encontrado pela médica chilena Marcia Telteinboim após morte da mãe dela, Perla Grinblatt, que junto com o marido, o advogado Sergio Telteinboim, costumavam frequentar os almoços e jantares promovidos por Neruda em sua famosa casa de Valparaíso. Além de boa comida, o poeta costumada presentear seus convidados com textos inéditos.

Rascunho

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