🔓 Inspetor Jaime Ramos volta em romance introspectivo de José Viegas

O autor virá ao Brasil para o lançamento da obra na Bienal do Livro de São Paulo; ele estará ao lado de outros 23 escritores portugueses durante o evento
O português Francisco José Viegas, autor de “A luz de Pequim”
15/06/2022

Vencedor dos prêmios Fernando Namora 2020 e o Pen Clube Narrativa 2020, o romance A luz de Pequim, de Francisco José Viegas, ganha edição aqui no Brasil pela Gryphus. O autor é um dos nomes que compõem a comitiva portuguesa na Bienal do Livro de São Paulo, que ocorre entre os dias 02 e 10 de julho. Serão 23 escritores portugueses, entre eles Valter Hugo Mãe, Matilde Campilho, Gonçalo M. Tavares, Joana Bértholo e José Luís Peixoto.

O escritor participa de duas mesas na Bienal, a primeira com Ruy Castro, e a segunda com André Magalhães. Ele também lança o novo livro no Rio de Janeiro, na Janela Livraria, em 13 de julho. Viegas tem uma sólida carreira literária, tanto como escritor quanto como editor – ele é editor da Quetzal em Portugal desde 2009, além de diretor da revista Ler.

Em seu mais recente romance, Viegas retoma um de seus personagens mais célebres, o inspetor Jaime Ramos. Ele vai investigar dois crimes: um corpo pendurado nos pilares da Ponte de D. Luís, no Porto, em Portugal, e o cadáver de uma mulher abandonado nas colinas do Douro.

O que parecem ser dois casos isolados, acabam por revelar ligações e caberá ao inspetor, o célebre personagem criado por Viegas há quase 30 anos, desvendá-las. José Viegas oferece aos leitores um romance policial fora dos padrões, apresentando uma narrativa introspectiva e por vezes sombria, em que descreve a sociedade portuguesa de forma crua e sem floreados. Aos 60 anos, Jaime Ramos se tornou um inspetor veterano da Polícia Judiciária da zona do Porto e se depara com a passagem do tempo e a efemeridade da vida.

Jaime Ramos é um herói “à antiga”, um homem de grande profundidade psicológica, econômico nas palavras e sempre com o semblante fechado. O passado do detetive e o modus operandi com que solucionou casos anteriores são postos à prova, o que o levará a revisitar toda a sua história — as suas investigações, as suas paixões, o trabalho no Partido Comunista, as suas amizades e inimigos —, numa viagem interior marcada pela nostalgia de um homem desiludido com o mundo.

A luz de Pequim
Francisco José Viegas
Gryphus
350 págs.
Rascunho

Rascunho foi fundado em 8 de abril de 2000. Nacionalmente reconhecido pela qualidade de seu conteúdo, é distribuído em edições mensais para todo o Brasil e exterior. Publica ensaios, resenhas, entrevistas, textos de ficção (contos, poemas, crônicas e trechos de romances), ilustrações e HQs.

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