🔓 “Festival serrote” começa nesta quinta

Em formato virtual, a quarta edição do evento acontece de 15 a 17 de abril; as conversas serão transmitidas ao vivo no YouTube e no Facebook do IMS
Isabel Wilkerson, autora de “Casta: as origens de nosso mal-estar”
12/04/2021

Organizado pela revista de ensaios do Instituto Moreira Salles, o Festival serrote começa nesta quinta-feira (15) e segue até sábado (17), com transmissões ao vivo pelo YouTube e Facebook do IMS. Em sua quarta edição,  o festival promove debates sobre temas atuais, como o racismo estrutural, as políticas identitárias e a memória da ditadura civil-militar brasileira.

Haverá ainda uma mesa sobre os impactos da pandemia de gripe espanhola no Brasil, no começo do século 20. Grande parte dos convidados assinam ensaios na serrote #37, edição mais recente da revista, disponível nas livrarias e na loja virtual do IMS.

O festival inicia na quinta-feira, às 19h, com a jornalista norte-americana Isabel Wilkerson, vencedora do Prêmio Pulitzer. A autora apresentará seu livro Casta: as origens de nosso mal-estar, que será lançado no Brasil pela editora Zahar. Na obra, a jornalista investiga as raízes históricas e as consequências profundas do sistema hierárquico que sustenta o racismo na sociedade estadunidense. Com mediação da escritora Juliana Borges, a conversa será em inglês, com tradução simultânea para o português.

A questão racial também será o centro do debate de sexta-feira (16), às 19h, com a historiadora brasileira Wlamyra Albuquerque, especializada em estudos da escravidão, e o sociólogo congolês Serge Katembera, que pesquisa ativismos digitais na África francófona. Os dois discutirão o papel da identidade nas estratégias de combate ao racismo. A conversa contará com a mediação do jornalista Tiago Rogero, apresentador do podcast Vidas negras.

No sábado (17), a programação inclui dois bate-papos. Às 17h, a historiadora Heloisa Starling conversa com a alemã Susanne Klengel, professora na Universidade Livre de Berlim e pesquisadora das culturas latino-americanas. Elas abordarão os impactos da gripe espanhola, maior epidemia do século 20, em várias esferas da sociedade brasileira, da política à cultura. Como a análise do passado pode ajudar a entender o momento atual? O debate será mediado por Guilherme Freitas, editor-assistente da serrote.

O festival encerra às 19h, com uma fala do cartunista Claudius Ceccon, mediada por Julia Kovensky, coordenadora de Iconografia do IMS, e Paulo Roberto Pires, editor da serrote. Um dos principais chargistas do país, Claudius foi preso em 1964, durante a ditadura militar brasileira. Nos 17 dias em que permaneceu encarcerado, registrou seu cotidiano em três desenhos, publicados pela primeira vez na serrote #37. Na conversa, o artista, que doou seu acervo ao IMS em 2020, relembrará sua trajetória.

Rascunho

Rascunho foi fundado em 8 de abril de 2000. Nacionalmente reconhecido pela qualidade de seu conteúdo, é distribuído em edições mensais para todo o Brasil e exterior. Publica ensaios, resenhas, entrevistas, textos de ficção (contos, poemas, crônicas e trechos de romances), ilustrações e HQs.

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