🔓 Caixa comemorativa e debates celebram obra de J. D. Salinger

Nos 70 anos de “O apanhador no campo de centeio”, Todavia lança caixa com obra completa de Salinger e realiza ciclo de conversas sobre o autor
J. D. Salinger, autor de “O apanhador no campo de centeio”
28/07/2021

No ano em que a publicação de O apanhador no campo de centeio, de J. D. Salinger, completa 70 anos, a Todavia celebra a obra do autor americano com uma caixa comemorativa que reúne seus quatro livros. Um ciclo de debates, que se inicia nesta quinta-feira (29), com o tradutor Caetano W. Galindo, vai discutir aspectos da obra de Salinger, como a criação da família Glass.

A caixa, de edição limitada, reúne os quatro dos livros publicados por Salinger, responsáveis por colocá-lo entre os maiores autores do século 20: O apanhador no campo de centeio, Nove histórias, Franny & Zooey e Erguei bem alto a viga carpinteiros & Seymour: uma introdução. Os livros já haviam sido reeditados pela Todavia entre 2019 e 2020, todos com tradução de Galindo.

Salinger foi o cronista dos Estados Unidos do pós-guerra, e também um criador de personagens inesquecíveis. É o caso não só de Holden Caulfield, o adolescente desbocado e filosófico que conquistou milhões de leitores desde a publicação de O apanhador, mas também dos membros da excêntrica família Glass, que dividem boa parte das histórias com uma gama de outros desaventurados: soldados fracassados, prodígios religiosos, artistas, perdedores. Seus contos e novelas ajudaram a revelar o mundo que se formava depois da Segunda Guerra Mundial — os novos tipos e códigos sociais, as novas dinâmicas familiares e afetivas.

Com a família Glass, Salinger criou um divertido quebra-cabeças cujas peças se espalham em contos célebres como Um dia perfeito para peixes-banana e Seymour: uma introdução. A cada trama, uma nova parte da vida dos Glass é revelada, conforme o autor explora temas como o amor, a solidão, a religião e a arte.

De forma engenhosa, o painel dessa família de prodígios intelectuais é também um retrato de uma nova América que se reconfigurava — mas muito mais do que isso. Obras como Teddy e Franny mostram as preocupações espirituais de um autor que encontrou no Oriente talvez não respostas, mas novas perguntas sobre o mundo e o significado de se estar vivo. No conjunto, estes quatro livros revelam a mente inquieta de um autor que, com humor e graça, soube como poucos observar e retratar uma sociedade em transformação.

Programação Salinger
O ciclo de lives terá transmissão simultânea no YouTube, Instagram e Twitter da Todavia.

29/7, quinta feira, às 19h
Mestre das histórias curtas, com Caetano W. Galindo e Mell Ferraz
O professor e tradutor analisa o cultuado Um dia perfeito para peixes-banana, que abre a coletânea Nove histórias. Uma leitura detalhada com trechos-chave do conto lidos pela booktuber Mell Ferraz.

3/8, terça feira, às 19h
Fonte da juventude, com a professora Tatiany Leite e o escritor Pedro Bandeira
Muito antes das disputas geracionais entre boomers, millennials ou geração Z, O apanhador no campo de centeio influenciou e marcou gerações com sua visão crua da adolescência.

5/8, quinta-feira, às 19h
Os excêntricos Glass, com Gisele Eberspacher, Luana Chnaiderman e o editor André Conti
Com a família Glass — a trupe excêntrica que povoa parte de suas histórias —, Salinger criou um divertido quebra-cabeças cujas peças se espalham em seus livros.

Caixa J. D. Salinger
O apanhador no campo de centeio; Nove histórias; Franny & Zooey; e Erguei bem alto a viga, carpinteiros & Seymour: uma introdução.
J. D. Salinger
Trad.: Caetano W. Galindo
Todavia
Rascunho

Rascunho foi fundado em 8 de abril de 2000. Nacionalmente reconhecido pela qualidade de seu conteúdo, é distribuído em edições mensais para todo o Brasil e exterior. Publica ensaios, resenhas, entrevistas, textos de ficção (contos, poemas, crônicas e trechos de romances), ilustrações e HQs.

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