🔓 Baiano Aleilton Fonseca escreve poema épico sobre a pandemia

“A Terra em pandemia” estrutura-se em cinco cantos e dialoga com “The waste land”, de T.S. Eliot, ao descrever uma terra devastada pela doença e dor
Aleilton Fonseca, autor de “A Terra em pandemia”
24/03/2021

Durante a pandemia da Covid-19, o baiano Aleilton Fonseca escreveu um longo poema que  narra a trajetória do coronavírus pelo planeta, de janeiro até setembro de 2020. A Terra em pandemia, publicado pela Mondrongo, estrutura-se em cinco cantos: O enterro dos mortos, Um jogo de cartas, A Terra em pandemia, O desfile das infâmias e Canto final.

São 620 versos, em 62 estrofes. De forma cronológica, registra aspectos tristes e emocionantes da pandemia no Brasil e no mundo. O livro dialoga com o famoso poema The waste land (1922), de T.S. Eliot, ao descrever a terra devastada pela doença e pela dor, em que o sofrimento e o luto levam o poeta a refletir sobre as estruturas podres de um mundo enfermo, que não respeita as regras da natureza e por isso se encontra condenado pela crise ecológica e pelas desigualdades sociais.

O poema convoca e cita diversas vozes de poetas e filósofos históricos como Ovídio, Platão, Dante Alighieri, William Shakespeare, Cervantes, Camões, Descartes, Charles Baudelaire, Stéphane Mallarmé, Carlos Drummond de Andrade, Ferreira Gullar e Patativa do Assaré, entre outros.

Há também várias passagens originais em inglês, alemão, francês, espanhol, italiano, chinês catalão, japonês e até em árabe, grego, latim e sânscrito, tudo traduzido e explicado em 62 notas de rodapé.

A Terra em pandemia
Aleilton Fonseca
Ilustrações: Silvio Jessé
Mondrongo
110 págs.
Rascunho

Rascunho foi fundado em 8 de abril de 2000. Nacionalmente reconhecido pela qualidade de seu conteúdo, é distribuído em edições mensais para todo o Brasil e exterior. Publica ensaios, resenhas, entrevistas, textos de ficção (contos, poemas, crônicas e trechos de romances), ilustrações e HQs.

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