CARTAS_novembro_2008

05/11/2008

CARTAS_novembro_2008

João Ubaldo Ribeiro
Parabéns aos bons jornalistas Fábio Silvestre Cardoso e Rogério Pereira pelo oportuno e excelente material sobre o ótimo escritor João Ubaldo Ribeiro, publicado na edição 102 do Rascunho.
Luís Santos • Curitiba – PR

A entrevista de João Ubaldo Ribeiro no Rascunho é, simplesmente, luminosa. As respostas são de uma lucidez incrível e comprovam por que ele é um dos grandes autores da literatura brasileira em todos os tempos.
Joana de Assis Carvalho • via e-mail.

Coluna do Ruffato
Ao ler a coluna de Luiz Ruffato sobre a omissão ensaísta do nome de Júlia Lopes de Almeida, na edição 102 do Rascunho, fiquei pensando seriamente na literatura brasileira, na vida, e em nós, as mulheres! Primeiramente, ele nem cita o trabalho de muitas pesquisadoras, como o de Zhaidé Muzart, para revisão do cânone. Parece até que ele é o revelador da importância de Júlia. Mas parabéns ao Rascunho e ao Ruffato por trazer à tona o assunto. Gostaria de retificar as idéias de Rufatto sobre Rachel de Queiroz. Como estudiosa da obra da autora, gostaria de ressaltar a atualidade de suas leituras modernistas. Ora, com 16 anos, ela já escrevia e estava em sintonia com os ares modernos, sim, senhor Rufatto. Ora, precisamos ter estado no tempo de Machado para apreciarmos a sua genialidade? Nem minha avó tinha nascido, e daí?! Os livros, as idéias se atualizam, permanecem.
Cecília Maria Cunha • Fortaleza – CE

Sérgio Sant’Anna
Tanta gente e coisas boas no Rascunho de agosto (edição 100): José Castello, Claudia Lage, as páginas de Mãos à obra, a entrevista do Paiol Literário… Por que vocês deixaram o Sérgio Sant’Anna sujar as páginas do jornal [A pianista, trecho inédito do romance que autor está escrevendo]? Não o conheço, nem seu trabalho, mas isso é literatura, é arte? É pena, eu gostava de emprestar o Rascunho aos amigos. Agora, fico constrangida. PS. Sou de idade, sim, o que não me impede de reconhecer o bonito e o feio.
Laurita Morelli Gentil • São Paulo – SP

Carmen Laforet
Há muito sou leitora do Rascunho. Foi com o texto Caminhos tortos e movediços, de Jośe Castello (dezembro 2006), que passei a guardá-lo com entusiasmo e carinho. Desde então, quero agradecer-lhes. Hoje, me decidi, pois acabo de ler o romance Nada, de Carmen Laforet, no original, uma edição de l954. Obrigada ao Rodrigo Gurgel por esta indicação. Aliás, obrigada a todos pelo jornal. Aproveito para contar-lhes algo que ocorreu comigo. Procurando um dia o jornal, entrei na Biblioteca Pública do Paraná e perguntei como quem pergunta por um velho amigo: — O Rascunho não veio? A funcionária olhou em volta, percebi que não sabia do que se tratava, mas para satisfazer a minha pergunta, disse: — Hoje ele não veio trabalhar…
Silvana Helena Liz • Curitiba – PR

Resposta a uma leitora
Cara Regina Machado, fico grato por seus elogios à minha crítica de A eternidade e o desejo, de Inês Pedrosa, publicados na seção Cartas da edição 102 do Rascunho. Você pede a este “crítico tão exigente” que diga quais escritores brasileiros lhe parecem os melhores. Como este espaço é exíguo demais para uma resposta conclusiva, dou-lhe uma indicação muito particular: leia nossos grandes críticos, aqueles que, de gênero paraliterário, tornaram o ensaio literário. Leia História da literatura ocidental (agora reeditada em 4 volumes pela Livraria Senado) e Ensaios reunidos (v. 1), de Otto Maria Carpeaux; Literatura e Civilização e A dança das letras, de Franklin de Oliveira; O Elixir do Apocalipse, de José Guilherme Merquior; A forma secreta e Ensaios escolhidos, de Augusto Meyer; e Diário Crítico (10 volumes), de Sérgio Milliet. Curiosamente, a língua portuguesa é uma das melhores para se escrever ensaios: nossos melhores críticos são escritores monstruosos.
Ronald Robson • São Luís – MA

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