Cartas #janeiro_21

A opinião, comentários e sugestões dos nossos fiéis leitores
Arte da capa: Fabio Miraglia
01/01/2021

Para quem escrevem?
Sou um assinante e leitor recente do Rascunho. Registro o meu assombro de que um jornal de literatura no Brasil tenha completado 20 anos. A cada exemplar lido, mais cresce este assombro, provocado pelos lançamentos intermitentes de novos escritores brasileiros, com livros de poesia e ficção, que insistem em escrever para um país que não lê. Afinal, para quem estes heróis estão escrevendo? Cada vez menos lidos, colocados à margem pela mídia digital e pelo descaso do governo. De minha parte, gostaria de ler todos, mas o tempo está ficando curto. Pelo menos continuarei lendo o Rascunho.
Juarez José Cognato • Porto Alegre – RS

Exagero crítico
Entendo que livros precisem ser resenhados com “verdade”. Mas me incomodou bastante a resenha de Leandro Reis sobre A idade de ouro do Brasil, de João Silvério Trevisan [Rascunho #248]. É meu primeiro contato com o autor. Não é uma fã advogando em favor do mestre. Achei bem ok dizer que Trevisan derrapou no tom novelesco. É um feedback interessante. Mas os últimos parágrafos me incomodaram. O resenhista se excedeu. O crítico literário que não gostar de uma obra precisa segurar seu ímpeto. Há que se respeitar o autor por sua obra. E quando ele resvala — e vai resvalar! — que a crítica lhe estenda a mão.
Rejane Benvenuto • Florianópolis – SC

Boa notícia
O novo Rascunho está mais robusto e potente, e esta me parece ser uma das melhores notícias do ano.
Paula Fábrio • São Paulo – SP

João, o plural
O colunista João Cezar de Castro Rocha aborda o que há de mais precioso na literatura: a política. Os escritores por ele rememorados vão de Marighella a Lukács, fazendo conexão com o palestino Edward Said e indicando filmes cujas temáticas enriquecem nossa histórica e internacionalista consciência de classe.
Oscar Henrique de Souza e Silva • Toledo – PR

Grande edição
Vai ser difícil produzir outra edição como a 247 deste Rascunho com tanta poesia de alta qualidade. E a crônica O ano que nunca existiu, de Rogério Pereira, está entre as melhores que ele escreveu.
Geraldo Teixeira • Salvador – BA

Rascunho

Rascunho foi fundado em 8 de abril de 2000. Nacionalmente reconhecido pela qualidade de seu conteúdo, é distribuído em edições mensais para todo o Brasil e exterior. Publica ensaios, resenhas, entrevistas, textos de ficção (contos, poemas, crônicas e trechos de romances), ilustrações e HQs.

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