O irmão Rogério Pereira Campo Largo – PR Uma foto na primeira comunhão é a única lembrança de uma convivência fraternal entre dois irmãos separados pelas veredas da vida Edição 305, Rogério Pereira, Setembro de 2025
O cavalo Rogério Pereira Campo Largo – PR O avô não sabe do amor da neta pelos cavalos; ela não sabe da cicatriz do coice na canela do avô: são dois estranhos unidos por uma história que nunca se completa Agosto de 2025, Edição 304, Rogério Pereira
A mente perversa de um egocêntrico Rogério Pereira Campo Largo – PR A enigmática mensagem pelo celular — “sua mente, às vezes, é perversa” — fica rondando memórias envoltas de violências Edição 303, Julho de 2025, Rogério Pereira
A avó Rogério Pereira Campo Largo – PR Ela não está enterrada em lugar nenhum, mas isso não me parece um problema: bruxas não precisam de túmulos, estão por aí, sobrevoando as noites de tempestade Edição 302, Junho de 2025, Rogério Pereira
A fábrica Rogério Pereira Campo Largo – PR Despedi-me com tristeza dos amigos antes das férias de meio de ano, pois a vida adulta começava, e eu trocaria as tardes solares pela escuridão de dúvidas Edição 301, Maio de 2025, Rogério Pereira
Palavras Rogério Pereira Campo Largo – PR A mãe sempre me chamou de “esganifado”, palavra que não consta de nenhum dicionário, mas em nosso raquítico vocabulário familiar é alguém que come com desespero Abril de 2025, Edição 300, Rogério Pereira
A morte do pai Rogério Pereira Campo Largo – PR Carrego no lombo um mapa com muitas mortes, onde o fim me espreita com olhos lupinos pelas frestas dos dias Edição 299, Março de 2025, Rogério Pereira
O leitor Rogério Pereira Campo Largo – PR Hoje escuto pelos vãos das lombadas “Então, leia”, é uma voz triste, tristíssima, que me acompanha a cada entrelinha, a cada página, a cada novo silêncio Edição 298, Fevereiro de 2025, Rogério Pereira
O menino morto Rogério Pereira Campo Largo – PR As pernas finas agitaram-se com fúria na água, aos poucos a fúria arrefeceu, tornou-se mansidão, o corpo a boiar, as costas a estampar o número dez na camisa Edição 297, Janeiro de 2025, Rogério Pereira
O quarto Rogério Pereira Campo Largo – PR O pai, sem imaginar que arquitetava minha fuga do inferno, contratou dois pedreiros — em pouco tempo, um exíguo retângulo, transformou-se em meu quarto Dezembro de 2024, Edição 296, Rogério Pereira