🔓 Flip e Sesc SP promovem série de debates sobre Maria Firmina dos Reis

Os encontros fazem parte do ciclo que anualmente coloca em pauta as principais questões em torno do autor homenageado da Festa Literária Internacional de Paraty
Em 2022 a Flip volta a ser presencial e homenageia Maria Firmina dos Reis
17/10/2022

Neste ano a Festa Literária Internacional de Paraty, que acontece entre 23 e 27 de novembro, vai homenagear Maria Firmina dos Reis, considerada a primeira romancista negra do Brasil ao publicar  o livro Úrsula, em 1859.

Em parceria com o Sesc SP, por meio do Centro de Pesquisa e Formação, a Flip promove uma série de debates que tem como foco a discussão da obra de Maria Firmina dos Reis. Entre os dias 19 e 22 de outubro, serão realizados quatro painéis com professores, pesquisadores e artistas, que vão discutir a importância da autora homenageada da 20ª Flip para a literatura brasileira.

O evento acontece em formato híbrido, na sede do CPF Sesc, em São Paulo, e é necessária a inscrição prévia, através do site do sesc. Nos dias 19, 20 e 21 (quarta, quinta e sexta-feira, respectivamente), os debates começam às 19h30, e no dia 22 o painel que encerra o Ciclo está marcado para às 11h.

Debates
O primeiro debate parte da premissa de que a entrada de Maria Firmina dos Reis na história da literatura brasileira ilumina as disputas e as rasuras à narrativa tradicional do cânone. No dia 19, com mediação de Fernando Bastos, Eduardo de Assis Duarte, Denise Carrascosa e Fernanda Miranda discutem em que medida a obra da escritora evidencia as falhas das tentativas de criar uma história linear e pacificadora sobre a produção literária local.

No dia seguinte (20), Milena Britto conversa com Luciana Martins Diogo, Régia Agostinho da Silva e Luiz Mauricio Azevedo. A discussão parte do romance de estreia da autora, Úrsula, para uma reflexão sobre abolição, tema caro para a obra de Maria Firmina dos Reis.

No terceiro encontro, na sexta-feira (21), Matheus Gato, Mirian Cristina dos Santos e Juliano Carrupt do Nascimento, mediados por Dulci Lima, refletem em que medida a biografia da escritora é ponto fora da curva em nossa tradição literária, de modo a aprofundar o debate sobre o papel de Maria Firmina na longa linhagem de artistas, profissionais das letras e educadoras que formam a intelectualidade negra brasileira.

No último encontro, sábado (22), pretende-se reconhecer, em dois momentos, de que forma o público tem incorporado a produção de Maria Firmina dos Reis. Primeiro é a vez de Pedro Meira Monteiro reunir Lívia Natália e Regina Azevedo, três poetas que representam esse legado de coragem e amor pela poesia, e que, tal como Maria Firmina, batalham para que a literatura seja democratizada.

Logo em seguida, para celebrar a força da oralidade, acontece uma apresentação artística do Slam das Minas, batalha poética que nasceu em São Paulo, e que atua com literatura em diversas linguagens, explorando as construções possíveis através das palavras.

Rascunho

Rascunho foi fundado em 8 de abril de 2000. Nacionalmente reconhecido pela qualidade de seu conteúdo, é distribuído em edições mensais para todo o Brasil e exterior. Publica ensaios, resenhas, entrevistas, textos de ficção (contos, poemas, crônicas e trechos de romances), ilustrações e HQs.

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