🔓 Deleuze decifra obra de Proust em trabalho de uma década

Em “Proust e os signos”,  o leitor acompanha todo o percurso de leitura do filósofo francês sobre a produção do autor de “Em busca do tempo perdido”
Gilles Deleuze, autor de “Proust e os signos”
03/06/2022

Em 1964, o filósofo Gilles Deleuze publicou Proust e os signos, com a primeira parte do livro que a Editora 34 publica agora. Nela, Deleuze lê a obra de Proust como o relato de um aprendizado da decifração de sinais, culminando na revelação final da Arte como a mais alta espécie de signos.

Em 1970, após Diferença e repetição (1968), o filósofo retornou a Proust e acrescentou ao livro uma segunda parte, “A máquina literária”, na qual ele investiga o sistema de ressonâncias que Em busca do tempo perdido engendra e a dimensão transversal que responde por sua unidade.

Posteriormente, em 1973, tendo já atravessado a aventura de O anti-Édipo (1972), Deleuze voltou à obra proustiana com o texto que encerra o presente volume, em que associa seu procedimento narrativo à construção de uma teia e a figura de seu narrador àquela da Aranha que se move ao menor sinal emitido pela presa.

En Proust e os signos, com nova tradução de Roberto Machado, especialista em Deleuze no Brasil, o leitor pode acompanhar todo o percurso de leitura do filósofo francês que, no espaço de uma década, passou da decifração dos signos à sua intensa devoração.

Proust e os signos
Gilles Deleuze
Trad.: Roberto Machado
Editora 34
176 págs.
Rascunho

Rascunho foi fundado em 8 de abril de 2000. Nacionalmente reconhecido pela qualidade de seu conteúdo, é distribuído em edições mensais para todo o Brasil e exterior. Publica ensaios, resenhas, entrevistas, textos de ficção (contos, poemas, crônicas e trechos de romances), ilustrações e HQs.

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