Em seu terceiro livro de poemas, o paulistano André Caramuru Aubert dá voz a um eu-lírico melancólico, contemplativo e apocalíptico. Os versos passeiam tanto pelos meandros da memória quanto por paisagens e ruas de uma cidade em uma segunda-feira chuvosa e fria. Mas são os poemas de abertura e encerramento, se e o que eu vi, respectivamente, que parecem dar a tônica dessa reunião lírica: inicia-se com o vislumbre de um fim horrendo e se fecha com “um louco tropel de animais e homens” em meio à catástrofe inevitável.