O texto do paraibano Ariano Suassuna (1927-2014) oculta uma profunda melancolia e uma ferrenha crítica social sob camadas de humor e ironia. Nesta peça de teatro, que se debruça sobre questões do Direito, não é diferente, a começar pela diferenciação entre o “Brasil oficial”, que é tocado pela aristocracia engravatada, e o “Brasil real”, que pertence ao povo pobre e suas tradições comumente soterradas pelo elitismo. Para o crítico Sábato Magaldi, trata-se de uma “inegável obra-prima”.