🔓 Romance policial imagina produção de órgãos humanos artificiais

Corpos hackeados, de Andrea Nunes, se passa no Nordeste brasileiro em 2023 e discute os limites éticos de tecnologias aplicadas para prolongar a vida
Andrea Nunes, autora de “Corpos hackeados”
11/11/2021

Tráfico de órgãos, arte renascentista e medicina aplicada em tecnologia de ponta são os temas do romance Corpos hackeados, escrito pela paraibana radicada no Recife Andrea Nunes. Publicado pela Cepe Editora, o livro se passa no Nordeste do Brasil em 2023, no mundo pós-pandemia da Covid-19. O livro será lançado na próxima quarta-feira (17), às 18h, em evento presencial na Livraria Jaqueira do Bairro do Recife, localizada no Centro da capital pernambucana.

O fio condutor do livro é a produção em laboratório de órgãos humanos artificiais, pelo método da bioimpressão, para substituir rim, fígado, coração, entre outras estruturas doentes, em pacientes que precisam de transplante. A morte dos voluntários da nova técnica, de forma misteriosa, conduz o leitor a um redemoinho de emoções, com personagens femininas que dominam a trama.

“A experiência de vivenciar um mundo em pandemia, com todas as suas mortes, manobras políticas e peculiaridades sanitárias, avivou uma necessidade de reflexão sobre bioética, avanços da medicina, além de modernas tecnologias aplicadas para prolongar a vida”, diz a escritora, que outros três livros no gêneros policial e suspense.

“A escolha de um tema que mexe de modo profundo com ética médica e questões existenciais envolvendo sobrevida, além da reflexão sobre a essência humana não poderiam surgir num cenário mais oportuno.”

É o personagem de um psiquiatra que alerta para a relação entre medicina e poder político, crucial no enredo, assim como para as consequências filosóficas e psíquicas de um implante realizado com órgãos sintéticos em pessoas.

O livro ganhou elogios de Cida Pedrosa, poeta e vencedora do prêmio Jabuti de Livro do Ano em 2020 com Solo para Vialejo (Cepe), e do músico e autor de romances policiais Tony Bellotto, que assinam textos na contracapa.

Paraibana radicada no Recife, Andrea Nunes é promotora de Justiça em Pernambuco especializada no combate à corrupção, integrante da Associação Brasileira de Escritores de Romance Policial, Suspense e Terror (Aberst) e membro da Academia Feminina de Letras e Artes da Paraíba.

É também autora dos romances policiais O Código Numerati (2010), A corte Infiltrada (Editora Buzz, Prêmio Bunkyo de Literatura 2019) e Jogo de cena (Cepe-2019), vencedor do prêmio de melhor romance policial de 2019 da Aberst.

Corpos hackeados
Andrea Nunes
Cepe Editora
Rascunho

Rascunho foi fundado em 8 de abril de 2000. Nacionalmente reconhecido pela qualidade de seu conteúdo, é distribuído em edições mensais para todo o Brasil e exterior. Publica ensaios, resenhas, entrevistas, textos de ficção (contos, poemas, crônicas e trechos de romances), ilustrações e HQs.

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