As obras de Olavo de Carvalho não fazem mais parte do catálogo da Editora Record. O autor, que vive nos Estados Unidos, tinha dois títulos publicados pela editora carioca: O imbecil coletivo, lançado originalmente em 1996 e com uma segunda edição publicada em 2018, e O mínimo que você precisa saber para não ser um idiota, de 2013.
Segundo a editora Record, a razão da decisão são os ataques à democracia e a propagação do discurso de ódio que o polemista faz nas redes sociais, o que a editora entende que vai contra seus princípios editoriais.
A não renovação dos contratos ocorre mesmo os livros de Olavo sendo best-sellers. Segundo matéria do UOL, com as duas obras “mais de R$ 11 milhões foram arrecadados pela empresa”. A saída dos livros do autor coincide com a nova gestão editorial da Record. Em janeiro deste ano, o escritor e tradutor Rodrigo Lacerda assumiu como editor-executivo, substituindo Carlos Andreazza, que ficou no cargo por quase 10 anos.
Ao assumir o cargo, em entrevista ao Rascunho, Lacerda disse não acreditar que a Record era vista como uma editora conservadora — justamente por publicar autores como Olavo de Carvalho —, mas que pretendia “arejar ainda mais o debate nas publicações futuras”.