No romance O rei pálido, em pré-venda pela Companhia das Letras, David Foster Wallace (1962-2008) discute temas recorrentes em toda sua obra, como monotonia, depressão e sentido da vida. A tradução é de Caetano W. Galindo, que também trouxe Graça infinita para o português.
No livro, póstumo e inacabado, o personagem David Wallace começa a trabalhar em uma repartição do Internal Revenue Service (IRS), responsável por coletar taxas dos cidadãos norte-americanos, na cidade de Peoria, em Illinois.
Nesse ambiente de tarefas repetitivas, ameaçado por gente que quer acabar com a réstia de humanidade do local, o personagem se depara com os vários tipos de agentes do fisco e suas curiosas motivações.
De acordo com a crítica Michiko Kakutani, que esteve à frente da seção de literatura do New York Times por quase quatro décadas, trata-se de um romance “incrivelmente brilhante” – afirmação que vai de encontro com a de Lev Grossman, para quem “O rei pálido é o melhor trabalho de Wallace como romancista”.
No Brasil, o autor nascido em Nova York, em 1962, tem boa parte de sua obra traduzida: os contos de Breves entrevistas com homens hediondos, os textos jornalísticos de Ficando longe do fato de já estar meio que longe de tudo e seu romance mais conhecido, Graça infinita.
Recentemente, a Âyiné publicou Um antídoto contra a solidão, volume de entrevistas de Wallace. O livro, que discute a trajetória, as obras e o suicídio do autor, ocorrido antes da conclusão de O rei pálido, foi resenhado por Bruno Nogueira no Rascunho de fevereiro de 2022.