As inscrições para a edição 2022 do Oceanos (Prêmio de Literatura em Língua Portuguesa) têm início em 14 de março e seguem até 24 de abril. Podem ser inscritas obras editadas em qualquer lugar do mundo, desde que escritas originalmente em língua portuguesa, nos gêneros romance, poesia, conto, crônica e dramaturgia, e publicadas entre 1º de janeiro e 31 de dezembro de 2021.
As inscrições podem ser feitas pela editora e pelo autor, com o preenchimento da ficha de inscrição e a inclusão da obra inscrita, tanto em versão impressa quanto digital, em formato PDF, no site do Itaú Cultural. O regulamento desta edição também está disponível na página.
Seleção
Os livros inscritos e validados pela curadoria do prêmio são lidos e avaliados por júris internacionais compostos por escritores, poetas, professores e críticos literários dos países membros da Comunidade do Países de Língua Portuguesa (CPLP).
O processo de avaliação é realizado em três etapas consecutivas. Na primeira, o Júri de Avaliação elege as 50 obras semifinalistas entre os concorrentes e escolhe, por votação, os membros dos júris subsequentes (Intermediário e Final).
Na segunda etapa, o Júri Intermediário seleciona dez finalistas entre os 50 semifinalistas eleitos pelo júri anterior. Por fim, na terceira etapa, o Júri Final escolhe os três vencedores entre os 10 finalistas.
O valor total do prêmio é de R$ 250 mil — R$ 120 mil para o primeiro colocado, R$ 80 mil para o segundo e R$ 50 mil para o terceiro.
Em 2021, o timorense Luís Cardoso, autor de O plantador de abóboras, ficou em primeiro lugar. A segunda posição é do brasileiro Edimilson de Almeida Pereira, com O ausente, e Gonçalo M. Tavares, de Portugal, ficou em terceiro com O osso do meio.
Curadoria africana ampliada
Em 2022, o Oceanos passa a contar com um novo membro do corpo de curadores: o moçambicano Nataniel Ngomane, professor da Universidade Eduardo Mondlane, em Maputo, e presidente do Fundo Bibliográfico de Língua Portuguesa.
Ngomane junta-se aos jornalistas Isabel Lucas, de Portugal, e Manuel da Costa Pinto, do Brasil, e à pesquisadora Matilde Santos, de Cabo Verde, que também é curadora da Biblioteca Nacional do país.
“O objetivo é que cada vez mais escritores e editores de países de língua portuguesa do continente africano inscrevam seus livros no prêmio, para que possamos ler e valorizar sempre mais, dentro e fora desses territórios, as literaturas diversas que vem sendo escritas lá”, afirma Selma Caetano, gestora cultural e coordenadora-geral do Oceanos.