🔓 Liberdade

Christian Schwartz defende o "romanção" de Jonathan Franzen
01/02/2012

Liberdade, de Jonathan Franzen, o romance estrangeiro mais falado (sĂł esperemos que tambĂ©m lido…) no Brasil ultimamente, levou muitos a se perguntarem se a literatura de ficção nĂŁo estaria retomando a posição de influĂŞncia que algum dia já teve. Lá fora, Franzen chacoalhou o establishment polĂ­tico e a grande mĂ­dia com essas 600 páginas que formam um vasto painel da AmĂ©rica atual, pĂłs-11 de Setembro, traçado a partir da trajetĂłria dos quatro membros da famĂ­lia Berglund. E mais: seu livro anterior, As correções — outras 600 páginas no mesmo estilo mural de uma Ă©poca, aqui os anos 80 e 90 —, já arrebatara por igual crĂ­ticos e leitores. Quanto a Liberdade, acusaram-no por aqui de conservadorismo na forma — “um romanção do sĂ©culo 19” que, alĂ©m disso, traria a marca (o pecado?) original do romance como gĂŞnero: o realismo. NĂŁo faria sentido emular, hoje, Guerra e paz, disseram. Ok, ok. Mas lá vai: li essas irresistĂ­veis 1.200 páginas de uma vez e com voracidade — e, por isso, eu recomendo.”

 

 


 

 

 

 

Christian Schwartz é professor universitário, jornalista e tradutor. Vive em Curitiba (PR).

Rascunho