A obra do poeta mineiro Carlos Drummond de Andrade não será mais editada pela Companhia das Letras, que publicou os livros do autor nos últimos 10 anos. Os livros ainda ficarão disponíveis por seis meses.
Coincidentemente, a agência literária Riff, que representava os herdeiros do autor, também não negocia mais as obras de Drummond. Os direitos passam a ser tratados diretamente com os netos do poeta, Pedro e Luis Maurício.
Antes da Companhia das Letras, a obra de Drummond foi editada pela Record — volumes esparsos também saíram pela Cosac Naify, que encerrou as atividades em 2015. No total, a Companhia das Letras editou 54 livros de Drummond.
A editora não esclareceu os motivos do rompimento, limitou-se a dizer que “não viu possibilidade de aceitar os termos de renovação do contrato”. Também afirmou que a Companhia foi “pautada pelo profundo respeito, pelo entusiasmo e pela absoluta admiração, cientes da responsabilidade e da alegria de publicar um dos nossos maiores poetas”.
Carlos Drummond de Andrade estreou em 1930, com Alguma poesia, um clássico da literatura brasileira. Em 50 anos de vida literária, publicou outras obras-primas como Sentimento do mundo e Claro enigma. O poeta morreu no Rio de Janeiro em 1987, aos 84 anos.
