No livro Encaixotando minha biblioteca: uma elegia e dez digressões, em pré-venda pela Companhia das Letras, o argentino Alberto Manguel volta a um dos temas mais recorrentes em suas obras: o amor às letras.
O ponto de partida dos textos foi uma mudança que precisou fazer em 2015, quando deixaria sua casa medieval em Loire, na França, para desembarcar em Nova York. Agora, o que fazer com uma biblioteca pessoal de 35 mil volumes?
A necessidade de movimentar os milhares de livros fez com que o autor relembrasse sua relação com esses objetos e pensasse nas bibliotecas — públicas ou privadas — que frequentou ao longo da vida. Surge, assim, uma elegia apaixonada.
Na parte das digressões, o escritor, crítico literário e tradutor faz anotações sobre as idiossincrasias dos bibliófilos, propõe uma análise aprofundada sobre o incêndio da Biblioteca de Alexandria e, de modo geral, mostra a importância da leitura para uma sociedade melhor.
Autor de mais de 40 livros, a maioria de não ficção, Alberto Manguel esteve à frente da Biblioteca Nacional da Argentina de 2016 a 2018, quando deixou o cargo que já foi ocupado por Jorge Luis Borges por motivos de saúde. Notas para a definição de um leitor ideal, O leitor como metáfora: o viajante, a torre e a traça e Uma história natural da curiosidade, todos resenhados no Rascunho, são alguns de seus títulos publicados.