🔓 Os 35 melhores romances brasileiros

Uma lista que abrange desde os primórdios da nossa literatura até a década de 1990 – e que serve apenas como aperitivo para um descontraído bate-papo
Ilustração: FP Rodrigues
28/05/2021

Não sei você, leitor (a), mas eu adoro listas. E hoje apresento uma, com os 35 melhores romances brasileiros – e, antes, permita-me explicá-la, embora eu não vá justificá-la. O que se segue é a relação daqueles livros que, na minha opinião, conseguiram alcançar o grande objetivo da literatura, o equilíbrio entre fundo e forma, ou seja, entre o quê (o assunto) e o como (a exposição do assunto).

Outra coisa, você notará que meu inventário finda na década de 1990 e isso ocorre pela seguinte razão: a grande maioria dos autores que começaram a publicar nas décadas de 1980 e 1990 só consolidaram suas obras neste século 21. E eu, nadando contra a corrente, não abro mão de emitir juízo de valor apenas após meditar bastante, ao contrário daquilo que chamo de opinião-miojo, a opinião instantânea e irrefletida que grassa no mundo contemporâneo.

Após a leitura da minha relação, você poderá concordar ou discordar, no todo ou em parte, e é nisso que consiste o fascínio das listas: trata-se somente de provocação intelectual e não verdade a ser defendida. Inclusive, porque, como leitor ávido, certamente ao longo da minha vida mudarei de opinião inúmeras vezes.

P.S.: sim, atento (a) leitor (a), alguns escritores mereceriam constar da lista com mais de um título – Machado de Assis, por exemplo, poderia seguramente ter quatro livros elencados –, mas preferi optar por citar apenas um de cada autor.

Eis a lista, por ordem de data de publicação:

Memórias de um sargento de milícias (1854), de Manuel Antônio de Almeida (Rio de Janeiro, RJ – 1831-1861)
Narrativa que beira o picaresco em uma época de domínio de histórias românticas, tem como protagonista um sujeito que tudo faz para se dar bem na vida. Espécie de ilustração do homem comum brasileiro. (Há inúmeras edições disponíveis; recomendo a da Companhia das Letras)

A luneta mágica (1869), de Joaquim Manuel de Macedo (Itaboraí, RJ – 1820-1882)
Quase cego, Simplício recebe de um mago uma luneta, mas é advertido para não fixá-la sobre as pessoas. Claro, ele ignora o aviso e começa a ver a maldade escondida em todo mundo, inclusive na sua família e nele mesmo. Um retrato bastante impiedoso da Corte do Brasil no segundo império. (Vermelho Marinho)

Inocência (1872), de Visconde de Taunay (Rio de Janeiro, RJ – 1843-1899)
Tragédia sertaneja, escrita em linguagem simples e prazerosa, trata da paixão impossível entre Cirino, médico prático, e Inocência, moça criada no isolamento do Mato Grosso. Crítica veemente à anulação da subjetividade feminina, tema bastante incomum para a época. (Há várias edições disponíveis).

Senhora (1875), de José de Alencar (Fortaleza, CE – 1829-1877)
Moça pobre, Aurélia recebe de herança uma grande fortuna e resolve se vingar das humilhações sofridas. Para isso, compra um marido, financeiramente falido. Perfeita representação da substituição dos valores da aristocracia decadente pelos da burguesia ascendente. (Há inúmeras edições disponíveis; recomendo a da Companhia das Letras)

Memórias Póstumas de Brás Cubas (1881), de Machado de Assis (Rio de Janeiro, RJ – 1839-1908)
Dedicado “ao verme que primeiro roeu as frias carnes do meu cadáver”, marca a entrada do autor no rol dos maiores escritores da literatura universal. Irônico e sarcástico, fala ao Brasil de todos os tempos. (Há inúmeras edições disponíveis; recomendo as da Autêntica, Companhia das Letras e Carambaia)

O Ateneu (1888), de Raul Pompéia (Angra dos Reis, RJ – 1863-1895)
“Romance de formação”, acompanha as agruras de um sensível garoto de onze anos no universo de um colégio que prima pela disciplina. Microcosmo da sociedade do fim do século 19, expõe a violência e a crueldade por trás da fachada da moralidade. (Há inúmeras edições disponíveis; recomendo a da Companhia das Letras ou da Zahar)

O cortiço (1890), de Aluísio Azevedo (São Luís, MA – 1857-1913)
Romance coletivo, expõe, de maneira brilhante, o processo de formação social do Brasil, por meio de histórias paralelas. O aristocrata decadente, o burguês ignorante em ascensão, a miséria atávica a que está agrilhoada a população pobre. (Há inúmeras edições disponíveis; recomendo a da Companhia das Letras)

Dona Guidinha do Poço (1891), de Manuel de Oliveira Paiva (Fortaleza, CE – 1861-1892)
Publicado em livro apenas em 1952, é a história de um crime, encomendado pela rica fazendeira, dona Guidinha, contra seu marido, Major Quinquim, por conta da paixão pelo sobrinho dele, Secundino. Crítica contundente ao patriarcalismo nacional. (Vermelho Marinho)

A falência (1897), de Júlia Lopes de Almeida (Rio de Janeiro, RJ – 1862-1934)
Impressionante documento sobre os primórdios do Brasil República. Por meio da ascensão e queda de Francisco Teodoro, comerciante de café que se mete em especulações financeiras, antecipa que o país seria “arrastado vertiginosamente pela maldade de uns, a ignorância de outros e a ambição de todos”. (Recomendo a edição da Companhia das Letras)

Triste fim de Policarpo Quaresma (1911), de Lima Barreto (Rio de Janeiro, RJ – 1881-1922)
Esse livro demonstra o profundo sentimento de compreensão do Autor em relação à inviabilidade do Brasil como nação. Após levar a vida toda “atrás da miragem de estudar a pátria, por amá-la e querê-la muito”, o Major Quaresma conclui que “entre nós tudo é inconsistente, provisório, não dura”. (Há inúmeras boas edições disponíveis)

Memórias sentimentais de João Miramar (1924), de Oswald de Andrade (São Paulo, SP – 1890-1954)
Escrito em fragmentos e em estilos os mais diversos, usa do sarcasmo para expor a vida do protagonista, João Miramar. Ao fim e ao cabo, trata-se da visão de mundo da elite brasileira, com seu autismo social e absoluto desprezo pelo país. (Companhia das Letras)

O Quinze (1930), de Rachel de Queiroz (Fortaleza, CE, 1910-2003)
Romance da seca, desenvolvido em dois núcleos convergentes: o do amor impossível entre Conceição, uma professora encharcada de ideias feministas e socialistas, por seu primo Vicente, interessado apenas na sua fazenda em Quixadá; e o da fuga da miséria e da fome protagonizada pela família de Chico Bento. (José Olympio)

São Bernardo (1934), de Graciliano Ramos (Palmeira dos Índios, AL – 1892-1953)
Paulo Honório expõe suas lembranças, de trabalhador de eito a grande fazendeiro, para tentar compreender seu fim, solitário e amargo. Ambicioso, cruel, inescrupuloso, avaro financeira e afetivamente, quanto mais acumula posses, mais intolerante se transforma. (Record)

Os ratos (1935), de Dyonélio Machado (Quaraí, RS – 1895-1985)
Naziazeno tem uma dívida com o leiteiro. Para saldá-la, percorre por um dia inteiro as ruas de Porto Alegre em busca de alguém que possa lhe emprestar dinheiro. Narrativa do desamparo, possui tal maestria que o real a todo momento parece se dissipar numa quase irrealidade.

O amanuense Belmiro (1937), de Cyro dos Anjos (Montes Claros, MG, 1906-1994)
Belmiro, burocrata sem importância, resolve, no natal de 1934, começar um diário, que avança até o carnaval de 1936. O cenário é Belo Horizonte, que ainda mistura ares de modernidade e traços da vida interiorana. Desencantado, o amanuense percebe o vazio de sua vida, onde quase nada acontece.

O tempo e o vento (1942, 1951, 1962), de Erico Verissimo (Cruz Alta, RS – 1905-1975)
Composta por sete tomos, o leitor acompanha mais de um século e meio de história do Brasil – centrada na formação do Rio Grande do Sul, pouco a pouco se espraia para o resto do país. Um dos painéis mais completos sobre a mentalidade política nacional. (Companhia das Letras)

Fogo morto (1943), de José Lins do Rego (Pilar, PB – 1901-1957)
Último volume do chamado “ciclo da cana-de-açúcar” mostra, com a decadência do Engenho Santa Fé, não só o fim de uma era econômica, mas principalmente a transformação de um mundo, cujos valores baseiam-se na violência, física e psicológica, na ignorância e na corrupção. (Global)

Terras do Sem-Fim (1943), de Jorge Amado (Itabuna, BA, 1912-2001)
Narrativa das guerras sangrentas pela posse da terra no sul da Bahia, que transformariam as florestas nativas em campos para cultivo de cacau. Centrada no conflito entre coronéis, que buscam unir hegemonia política e enriquecimento a qualquer custo, o livro descreve a formação de uma mentalidade comum à elite brasileira. (Companhia das Letras)

A menina morta (1954), de Cornélio Penna (Petrópolis, RJ – 1896-1958)
O autor registra um dos mais poderosos retratos da escravidão no Brasil por meio do impacto provocado pela morte da filha de um barão do café fluminense nos habitantes da fazenda. Narrativa sombria, é um alentado estudo sobre os recônditos da alma humana. (Faria e Silva)

A lua vem da Ásia (1956), de Campos de Carvalho (Uberaba, MG – 1916-1998)
Espécie de diário do cotidiano de um interno em hospital psiquiátrico, e também sua autobiografia nonsense – a personagem é capaz de percorrer as mais longínquas geografias para realizar disparatadas aventuras imaginárias. Livro imprescindível em um mundo em que o absurdo é cada vez mais a regra geral. (Autêntica)

Grande sertão: veredas (1956), de Guimarães Rosa (Cordisburgo, MG – 1908-1967)
Riobaldo Tatarana desfia sua história num jorro compacto, servindo-se de uma linguagem arrebatadora. Seu companheirismo com Diadorim na jagunçagem pelos sertões de Minas Gerais encobre segredos e dúvidas, a respeito do visto e do indizível. (Companhia das Letras)

Crônica da casa assassinada (1959), de Lúcio Cardoso (Curvelo, MG – 1912-1968)
Romance sobre a decadência social e moral de uma tradicional família mineira, usa de uma complexa estrutura narrativa para falar de incesto, adultério, homossexualidade, loucura. A atmosfera de pesadelo nasce de um olhar intermediado pela poesia. (Companhia das Letras)

O coronel e o lobisomem (1964), de José Cândido de Carvalho (Campos, RJ – 1914-1989)
O picaresco coronel Ponciano de Azevedo Furtado, fazendeiro arruinado pela incapacidade de se adaptar aos tempos modernos, tenta sobreviver relatando suas memórias de homem apegado a superstições e a princípios de honra caídos em desuso. Retrato ao mesmo tempo hilário e melancólico. (Companhia das Letras)

Chapadão do Bugre (1965), de Mário Palmério (Monte Carmelo, MG – 1916-1996)
Reconstrução de uma chacina ocorrida numa pequena cidade do sertão mineiro, no começo do século 20, trata-se de um impressionante documento sobre práticas políticas encontradas ainda hoje no interior do Brasil, ligadas ao mandonismo e ao apadrinhamento. (Autêntica)

O risco do bordado (1970), de Autran Dourado (Patos de Minas, MG – 1926-2012)
Memorial afetivo, acompanha a visita de João Fonseca Ribeiro, alter ego do autor, à mítica cidade do interior de Minas Gerais, Duas Pontes. Pelas ruas ele esbarra, todo o tempo, com lembranças que reavivam o passado, contaminam o presente e determinam o futuro. (Rocco)

Sargento Getúlio (1971), de João Ubaldo Ribeiro (Itaparica, BA – 1941-2014)
O protagonista é encarregado de levar um preso político do interior até Aracaju. No trajeto, há uma reviravolta política e o coronel de quem o Sargento Getúlio é homem de confiança, emite uma contraordem, que ele não irá acatar, mergulhando-o em um mar de violência absurda. (Alfaguara)

As meninas (1973), de Lygia Fagundes Telles (São Paulo, 1923)
Por meio da visão de três estudantes universitárias, moradoras de um pensionato de freiras, a autora propõe uma reflexão sobre as mudanças comportamentais da sociedade – sobretudo as relativas ao papel da mulher – e também constrói uma poderosa denúncia contra os desmandos da ditadura militar. (Companhia das Letras)

Lavoura arcaica (1975), de Raduan Nassar (Pindorama, SP – 1935)
Autópsia de uma família cujos valores, baseados na culpa e na punição, engendram a intolerância e a frustração. Narrado de forma não linear, conta a história da fuga de André da sombra castradora do pai, e sua volta para casa, o que acabará gerando uma tragédia. (Companhia das Letras)

Armadilha para Lamartine (1975), de Carlos & Carlos Sussekind (Rio de Janeiro, RJ, 1933)
Fascinante história, construída a partir do diário do procurador Espártaco M., que tem como ponto alto os dois meses em que seu filho, Lamartine, permanece internado num hospital psiquiátrico. Contundente crítica à tentativa de domesticação daqueles que não se encaixam na ordem estabelecida. (Companhia das Letras)

A hora da estrela (1977), de Clarice Lispector (Ucrânia – 1920-1977)
Sofisticada narrativa que mistura uma aguda consciência dos problemas sociais com uma elaborada discussão sobre o papel do intelectual em um país do Terceiro Mundo. Rodrigo, o escritor, discute seu processo de escrita, enquanto compõe a história da datilógrafa nordestina Macabéa. (Rocco)

Zero (1976), de Ignácio de Loyola Brandão (Araraquara, SP – 1936)
Construído a partir de fragmentos de matérias censuradas de jornais e colagens da cultura pop, conhecemos os bastidores da ditadura militar brasileira, nos quais personagens desesperançados tentam sobreviver em meio ao caos – infelizmente, algo bastante familiar aos nossos dias. (Global)

A festa (1976), de Ivan Angelo (Barbacena, MG – 1936)
Por meio de nove episódios, independentes, mas complementares, o autor apresenta os cacos de um mosaico, que se iluminam à medida que se afastam, construindo um impressionante quadro da ditadura militar, percebida nas diversas camadas da sociedade brasileira. Um libelo contra a opressão em qualquer tempo. (Geração)

Essa terra (1976), de Antonio Torres (Sátiro Dias, BA, 1948)
Nelo desce para São Paulo em busca de uma vida melhor, deixando entre os habitantes de sua pequena cidade-natal a ideia de que foi bem-sucedido. Mas, quando volta, a verdade de sua condição virá à tona. Uma história singular que é, ao mesmo tempo, a de todos os imigrantes pobres que se perdem nas grandes cidades. (Record)

Perseguição e cerco a Juvêncio Gutierrez (1990), de Tabajara Ruas (Uruguaiana, RS – 1942)
Em 1957, na fronteira do Brasil com a Argentina, um menino de 13 anos aguarda o retorno de um tio, Juvêncio Gutierres, irmão de sua mãe e conhecido contrabandista que havia fugido para o país vizinho. História de uma aprendizagem sobre valores e sobre escolhas.

Cidade de Deus (1997), de Paulo Lins (Rio de Janeiro, RJ – 1958)
Da criminalidade miúda da década de 1960 ao domínio do tráfico de drogas trinta anos depois, o livro traça um painel da deterioração da sociedade brasileira a partir de um microcosmo, a Cidade de Deus, conjunto habitacional do Rio de Janeiro. (Companhia das Letras)

Luz na escuridão
Flávio Carneiro, romancista, ensaísta, cronista, autor de literatura juvenil:

“Ano passado lancei Histórias ao redor, uma coletânea de crônicas publicada pela editora Cousa, de Vitória. Pensei nesse livro como uma espécie de livro de memórias. Não daquele tipo com começo, meio e fim, contando desde a infância a vida da pessoa. Pensei naqueles retratos que vamos guardando numa gaveta, soltos, fora de ordem. Um belo dia a gente resolve abrir a gaveta e fica ali, horas e horas, vendo um por um, em silêncio. Cada crônica é um retrato. Mas há algo de organizado nesse caos de gaveta. As crônicas giram em torno da infância, da escrita e da leitura. São histórias ao redor de crianças – a que fui, as que minhas filhas ainda são –, ou que contam episódios que vivi com outros escritores ao longo de 35 anos de carreira e que falam um pouco sobre como é ser escritor no Brasil, ou relatos de como surgiram e foram escritos alguns dos meus romances. São, sobretudo, histórias de leitores, da página e do mundo, ao redor da memória de um deles”.

Parachoque de caminhão
“O sentido que se embota primeiro, à medida que a vida vai nos levando, é o da piedade.”
Álvaro Mutis (1923-2013)

Antologia pessoal da poesia brasileira
Severiano de Rezende
(Mariana, MG, 1871 – Paris, França, 1931)

Vozes interiores

Crês que dentro de ti soluça e chora alguém.
Pois dentro em mim também
Soluça e chora, quem?
Certo dentro de mim alguém chora e soluça,
Alguém sobre a minha alma a carpir se debruça.

Ah! plange dentro de mim a eterna voz do Além.
A trágica atração das tribos e das raças
No meu ser misturar-se e congregar-se vem

Inquieto furacão que sem cessar esvoaças.
És o fluxo do Mal e o refluxo do Bem!

És o findo desejo do Infinito,
És o infrene fremir pelas Eternidades,
O estarrecer da Vida insatisfeita, o grito
Do Ser e do Não-Ser através das idades.

Sinto o imenso clamor dessa maré montante
E esse cerbro ulular enorme quem não sente?
No nosso espírito ele sobe instante a instante,
Como um facho de luz na esfera incandescente.

É o sofrimento humano a ansiar pela esperança,
Pobre cego a tatear nos dédalos obscuros;
É o apelo que não cessa, é o anelo que não cansa
Do passado a bramir pelos amplos futuros.

É o brado de quem vive e nada achou na vida,
É o pranto colossal e intérmino dos mortos
Que nos mata, que nos induz, que nos convida
A velas desfraldar para os sidéreos portos.

E este velho homem carcomido de luxúria,
Este sempre rebelde velho homem relapso,
Para que surge e clama e blasfema com fúria,
Fraco, a estorcer-se nesse espiritual colapso?

Ah! como não ouvir atento tantas vozes,
Que nos dizem no seu fantástico marulho
Quantas transformações, quantas metamorfoses
São necessárias para aniquilar o Orgulho.

E o Pecado sobre a minha alma se debruça
E vendo-me a tremer, quedo, pálido, exausto,
Geme dentro de mim, dentro de mim soluça:

– Dentro de ti soluça e geme o Doutor Fausto.

(Mistérios, 1920)

Luiz Ruffato

Publicou diversos livros, entre eles Inferno provisório, De mim já nem se lembra, Flores artificiais, Estive em Lisboa e lembrei de você, Eles eram muitos cavalos, A cidade dorme e O verão tardio, todos lançados pela Companhia das Letras. Suas obras ganharam os prêmios APCA, Jabuti, Machado de Assis e Casa de las Américas, e foram publicadas em quinze países. Em 2016, foi agraciado com o prêmio Hermann Hesse, na Alemanha. O antigo futuro é o seu mais recente romance. Atualmente, vive em Cataguases (MG).

Rascunho