Nuno Ramos
Gostei da “resenha” de Ó e da entrevista com Nuno Ramos, publicadas no Rascunho de março. Parabéns pelo belo e árduo trabalho. Acho que um jornal de literatura, além de ser uma forma de resistência e ação cultural, é também uma maneira de difundir o que temos de mais notável e imprescindível no resgate e desenvolvimento da linguagem e cultura de um povo: a literatura.
José Raimundo Gonçalves da Silva • São Paulo – SP
Collor e o avô
Sabemos que o cronista não tem compromisso com a verdade, mas o jornalista Rogério Pereira, na crônica sobre o homem de mãos imensas, olhos azuis e boina: Quando meu avô matou Collor (Rascunho de março), não faz questão de escondê-la. Ainda bem! Parabéns pelo belo texto que nos dá uma percepção triste e real da vida e da morte. Não sei de muitos que se mataram, mas sei de muitos que adoeceram — e alguns que morreram — em conseqüência da trágica passagem do famigerado governo Collor. Causa-me repugnância ver (por isso não o vejo, mudo logo de canal) o ex-presidente na tela da tevê. Depois de tudo… voltou como senador. Nós não, porque não votamos nele, mas quem votou não é diferente. Brasileiro, será mesmo um povo de memória curta ou pobre de espírito e, por isso, enganado facilmente pela eloqüência dos políticos safados?
José Antônio Rezzardi • Pato Branco – PR
A ótima crônica Quando meu avô matou Collor retrata também o despreparo de políticos mal-intencionados. Somos culpados, pois muitos eleitores ainda trocam seus votos por quaisquer quinquilharias e/ou promessas individuais. São os votos desses “eleitores conscientes” que ressuscitam políticos de condutas e práticas comprovadamente duvidosas. Infelizmente, a pretexto de distribuir rendas, os governantes oficializam as esmolas, privilegiando a ociosidade em detrimento do trabalho.
Luís Santos • Curitiba – PR