Natureza selvagem

Dramas morais e psicológicos de William Golding possuem matizes que vão além de "O senhor das moscas"
William Golding por Dê Almeida
01/10/2013

Welcome to the jungle
It gets worse here everyday
Ya learn to live like an animal
In the jungle where we play [1]

Houve um tempo em que o bullying não era uma prática reprovável nas escolas. Houve um tempo em que a formação do caráter acontecia à revelia das boas intenções e dos bons sentimentos. Assim como houve uma época, não faz tanto tempo, em que a alta literatura se pautava pelos critérios exigentes da imaginação criadora, cuja força se revelava não somente por conta de um estilo sofisticado mas, sobretudo, pela urgência de defender um princípio — sem que isso necessariamente se confundisse com uma obsessão ideológica. Os leitores de hoje certamente percebemos essa diferença de propostas, do passado para agora, quando (re)encontramos um autor como o inglês William Golding — nascido em 1911, laureado com o prêmio Nobel em 1983 e falecido dez anos depois, em 1993. Em que pese a diversidade de formatos e de propostas narrativas — Golding assinou obras de ficção (novelas e romances) e não-ficção (ensaios e escritos de viagem) —, é enquanto autor de O senhor das moscas (1954) que ele efetivamente se destaca aos olhos da multidão como um grande autor do século 20.

Marca da maldade
William Golding, além de cultivar a atividade literária, serviu a Marinha Inglesa durante a Segunda Guerra Mundial. Não é absurdo considerar que esse rito de passagem, remetendo a um dos títulos de seus livros, foi fundamental para a sua formação como escritor que teria sua estréia anos depois. Pois se é fato incontestável que Golding merece um lugar ao sol no panteão dos clássicos da literatura do século 20, isso se deve, em muito, à sua obra de estréia, o já mencionado O senhor das moscas (publicado, no Brasil, pela editora Nova Fronteira). A obra dá conta de um acidente numa ilha e, uma vez distantes de casa, as crianças são instadas a se tornar “os protagonistas de suas respectivas histórias”. Com isso, Porquinho, Ralph, os Gêmeos e Jack são guinados a personagens essenciais que, ao lado do leitor, vão logo descobrir como o mal enquanto idéia ocupa os espaços, o comportamento, os gestos e a própria linguagem, num processo de perda de identidade e crescente brutalização dos sentidos.

Os garotos que no início estabelecem regras básicas e princípios gerais de convivência logo são levados a agir como pequenos tiranos, dando vazão aos seus instintos mais primitivos. É claro que esse não é o objetivo daquelas crianças, que, assim como revolucionários recém-descobertos em liberdade, pretendem mudar o mundo dos adultos — e esta é uma das analogias mais imediatas que se tem em mente, sobretudo porque o romance foi publicado num momento em que a ficção política cifrada estava em voga; anos antes, livros como A revolução dos bichos e 1984, ambos de George Orwell, possibilitaram um novo estatuto para esse tipo de leitura. A conexão com a causa política existe tanto diante da perspectiva simbólica — porque, de repente, aquelas crianças ali poderiam representar um país recém-liberto da influência das potências européias, uma condição que marcou a história da Inglaterra, por exemplo — quanto no que tange à visão de mundo utópica que é criticada frontalmente no livro. Afinal, sugere o texto, quem já não desejou viver numa ilha, afastado dos problemas cotidianos, numa sociedade pretensamente perfeita, onde os conflitos tendem a ser dirimidos pela cooperação dos novos habitantes? Essa suposição idealista faz parte daquele conjunto de consensos, certamente utópicos, que enxerga a experiência humana como passível de uma mudança social a médio e longo prazo, num recondicionamento de seus hábitos a partir de um grito, outrora sufocado, de liberdade. O senhor das moscas, todavia, é uma resposta à postura que imagina o ser humano como naturalmente bom, sendo municiado pelo vírus da perversidade à medida que trava contato com a civilização. Na ficção de Golding, a marca da maldade ganha força exatamente quando as crianças, que no imaginário coletivo representam a bondade por natureza, cometem as maiores atrocidades na medida em que tentam estabelecer as próprias regras de convivência. O romance, nesse sentido, é um tipo de manual de sobrevivência porque mostra que, mesmo nas situações mais improváveis, a dominação dos mais frágeis pelos mais fortes pode, e vai, acontecer.

Para além de ecoar as experiências políticas mais nefastas do século 20 (e, por que não dizer, de algumas seitas travestidas de projetos revolucionários dos nossos dias), O senhor das moscas é exemplo clássico de um tipo de romance que já foi bastante comum entre as leituras de adolescentes, antes que eles fossem chamados assim. Infelizmente, hoje essa literatura de formação de caráter tem sido substituída por textos mais leves, com o objetivo de formar os leitores para “gostar de literatura”. Aqui valeria citar o adágio, extraído de uma frase atribuída a Nelson Rodrigues: “Não se faz literatura com bons sentimentos”. Divagações à parte, a filiação romanesca da obra de Golding guarda conexão com a literatura de aventura, à maneira de Joseph Conrad (Lord Jim, Coração das trevas); Herman Melville (Moby Dick); e Daniel Defoe (Robinson Crusoé). Tal aproximação se dá graças não somente às reviravoltas e aos esquemas narrativos, mas, essencialmente, pelo efeito de sentido que tais obras provocam junto aos leitores. Em outras palavras, o público de Golding não só desfruta uma experiência estética elaborada a partir das desventuras dos personagens do livro, mas, especialmente, passa a aproveitar a experiência literária como uma lição acerca dos perigos que estão ao nosso redor.

O leitor já deve ter percebido que mencionei esses perigos em duas ocasiões. Caso não haja explicação, ficará a impressão de que se trata de algo obscuro, uma mensagem cifrada, ou mesmo as tais forças ocultas, como quis um político brasileiro do século 20. Nada disso. A menção aos perigos que estão por aí tem a ver com a sensação de temor latente que paira na obra de William Golding. Aqui, sim, é como se o autor tivesse predileção por uma temática elíptica — que, para seus detratores, como Anthony Burgess e Auberon Waugh (filho de Evelyn Waugh), era uma espécie de subterfúgio para a má qualidade de seus textos. Olhando por detrás do diz-que-me-diz do mundo literário (ao que parece, essa sanha de inveja e ressentimento não é uma exclusividade dos escritores contemporâneos que lidam mal com a crítica), existe um tom de mistério que atravessa seus livros, como se o autor sempre quisesse dizer alguma coisa nas entrelinhas, o que não necessariamente fez dele um escritor com uma longa legião de fãs.

Cristalino e denso
Afora o clássico O senhor das moscas, conforme relata um entusiasmado ensaísta Frank Kermode, as demais obras de Golding sempre foram recebidas com um misto de desdém e constrangimento agressivo por parte da crítica. Mas, de qualquer modo, sinalizam um interesse do autor por certo aspecto sombrio da vida, algo que não seria necessariamente fica claro nas primeiras impressões. E, com efeito, há quem diga que a verdadeira prova de fogo para um artista é a obra que vem logo após seu grande sucesso. Por esse motivo, vale a pena observar como se dá a estrutura e a organização dos três romances subseqüentes à sua obra de estréia, porque neles o leitor confirmará a afeição de Golding por uma visão de mundo não necessariamente idealizada, ainda que ele apresente cenários perfeitamente concebidos para uma vida simples e feliz. Temos, assim, um contraste entre o ambiente das narrativas e a mensagem do livro, que, por sua vez, lida com a existência humana e seus pequenos segredos inconfessáveis.

Assim, em The inheritors, lemos uma narrativa sobre a perversidade dos civilizados quando encontram os bárbaros. De um lado, o que se parece com o arremedo tende a viver de acordo com um código de honra bastante definido. De outro, um grupo de pessoas que não pertence ao local faz com que o cotidiano da família de Lok, o narrador, seja drasticamente afetado. Lançando mão de um artifício literário que alguns podem considerar desonesto, Golding coloca na voz do narrador não apenas a mescla de ingenuidade e perplexidade em relação às pessoas que acabam com a paz daquela espécie de paraíso, mas também faz com que simpatizemos com uma visão de mundo que novamente pode ser considerada utópica, posto que é a civilização, e não a barbárie, que torna aquele universo ficcional ao mesmo tempo hostil e insuportável. De acordo com essa premissa, não seria impossível considerá-lo uma alegoria do papel da influência das potências européias na periferia do mundo.

Essa mesma abordagem crítica está nas entrelinhas de Pincher Martin (1956), seu terceiro romance. Aqui, como uma espécie de Robinson Crusoé, temos o protagonista da história alijado do mundo que conhece durante a Segunda Guerra Mundial. Depois que seu navio foi atingido, Christopher Martin, fica preso numa ilhota que é constituída apenas por uma pedra, nas proximidades do arquipélago da costa leste da Escócia. Para permanecer vivo e com algum tipo de consciência, Martin revê os principais momentos de sua vida. E o leitor é levado a descobrir, de acordo com o relato desse náufrago, porque ele efetivamente mereceu estar ali, isolado do mundo, em outro tipo de recompensa simbólica pelos seus feitos ao longo da vida. Foi a psicanalista austríaca Melanie Klein que assinalou as características do ser voraz, alguém cuja ansiedade parece impetuosa, inabalável e, acima de tudo, insaciável. Sem medo de recorrer à interpretação rasteira, a leitura do romance mostra Martin como esse ser voraz, um sujeito que deseja tudo o que os outros possuem exatamente porque seu ímpeto é incontrolável. Assim, aprendemos que antes de participar da Guerra, Martin foi ator e teve uma trajetória de vida intensa. Quando criança, o protagonista empurra seu amigo para fora da estrada durante uma corrida de bicicleta, o que resulta numa perna quebrada para seu colega Billy; já na vida adulta, ele tem um caso com Hellen, a mulher de seu produtor, o que provoca o término do casamento; e ainda se envolve com a namorada de seu amigo Alfred e, aparentemente sem qualquer remorso, faz troça da situação. Em Pincher Martin, parece não haver limites para as desventuras em série desse anti-herói, a não ser pelo fato de que William Golding promove um relato moralizante: em outras palavras, se em O senhor das moscas ele efetivamente quis mostrar que o mal pode estar nas entranhas, em seu terceiro romance o autor defende que os nossos atos podem, sim, ter conseqüências nefastas, como o abandono dos mais próximos e a morte no isolamento. A guerra, nesse sentido, pode ser uma metáfora da vida, uma jornada que pode ser enfrentada com dignidade ou pusilanimidade; com galhardia ou vilania; e as conseqüências virão mais cedo ou mais tarde.

Para além dessa temática moralizante, existem os aspectos estéticos que não são deixados de lado por seus admiradores. Na década de 1960, em um ensaio famoso publicado pelo The New York Review of Books, o crítico Frank Kermode destacou alguns elementos relacionados ao estilo do escritor que passavam ao largo da observação da maioria da intelligentsia literária de seu tempo, certamente mais preocupada em extrair um significado profundo do autor e de sua obra. Kermode salienta que a prosa de Golding poderia ser celebrada por um genuíno esforço de não parecer densa à maneira de Franz Kafka, posto que optou por uma estrutura textual cristalina na exposição das idéias que envolvem suas tramas, o que acabou por fazê-lo se destacar entre os seus pares. Em que pese essa característica, analisa Kermode, Golding só seria reconhecido entre os formadores de opinião pelo impacto provocado por O senhor das moscas, algo que fez com que a obra, até nossos dias, seja indicada e recomendada como “leitura obrigatória” (sempre conforme a boa iniciativa e com bons sentimentos) nos currículos escolares — infelizmente em prejuízo das demais obras do autor.

Desses livros, digamos, “injustiçados”, é correto citar o caso de Free fall (1959). De natureza metafísica, com forte pendor para o drama psicológico, temos desta vez uma discussão em torno da perda do livre-arbítrio por parte do personagem central, vivido por Sammy Mountjoy, um pintor que é levado aos campos de concentração durante a Segunda Guerra Mundial. O estilo sucinto da narrativa contrasta com a tensão vivida pelo protagonista à medida que ele procura por esse traço elementar de sua identidade. Curiosamente, não é apenas o terror da prisão nazista que faz com que este personagem seja interessante aos leitores. Mas graças à sua reflexão de como chegou ali para ser um prisioneiro é que descobrimos o quão vazia era a existência desse artista tão talentoso. É a perda de empatia com o mundo que o cerca, numa espécie de cinismo afetado, que faz com que ele não encontre sentido na vida, e não o encarceramento provocado pelos nazistas. Sua condição é investigada a partir da perspectiva de um homem angustiado e descrente, ainda que tenha se filiado ao Partido Comunista — ok, aqui pode ser encarado como um traço de ironia.

Natureza humana
À primeira vista, portanto, William Golding pode até mesmo abordar um tema que faz parte da agenda de seu tempo. Essa ênfase tende a causar forte impressão graças à maneira tranqüila com que as histórias se desenrolam. Entretanto, não é esse o impacto mais perene de sua obra, pois se o leitor se deixar envolver pelo modo como os personagens são absorvidos pela narrativa é certo que a compreensão dos livros alcançará o debate da natureza humana que permeia a obra do autor. Afinal, mesmo na coletânea de ensaios que publicou, o escritor inglês apresenta sua caixa de ferramentas na tentativa de depurar o mundo que o cerca. Assim, é com o encantamento de um antropólogo dedicado que ele registra com perspicácia sua passagem pelo Egito em An egyptian journal. A essa altura, mesmo com os desdobramentos das revoltas políticas por lá, talvez já não haja mais qualquer mistério que não tenha sido fartamente explorado pela bolsa de apostas e de especulações do turismo e, conseqüentemente, dos relatos de viagem. Em Golding, no entanto, o que se lê é mesmo a fascinação de um amador quando enfim encontra seu verdadeiro objeto de desejo.

O autor já havia se dedicado ao Egito antigo num livro anterior, a seleta de ensaios Moving target (1982), cujo destaque fica para o texto Belief and creativity, onde Golding se dedica ao tema da escrita, atentando para as características da longa dicotomia entre a teoria e a prática da produção de textos — hoje em dia um tema acerca do qual todo o aspirante a escritor anseia por estabelecer uma verdade conveniente para os seguidores. Numa declaração que talvez pudesse desmontar esses cursos, o autor assinalou no ensaio que não era capaz compreender ou mesmo descrever o que fazia. A relação do autor com a escrita e com a crítica ainda seria debatida em The paper men (1984). Em certa medida, dá para estabelecer uma conexão entre essa obra e a que seria publicada muitos anos depois, na primeira década de 2000, por Philip Roth — A humilhação. No romance de Roth, temos a narrativa de um ator em crise, alguém que já não é mais capaz de representar no palco com segurança, algo que ele desempenhou por muitos anos ciente de sua capacidade, sem qualquer pestanejar. O personagem de Roth definha em praça pública, fica deprimido e só encontra uma razão de viver quando encontra uma mulher por quem se apaixona, o que está longe de ser uma solução para os seus problemas. E em Golding? Em The paper men, um escritor, o personagem de Wilfred Barclay, enfrenta uma crise ou, como querem alguns, um bloqueio criativo. Para agravar a situação, Barclay está à beira do alcoolismo, obedecendo, talvez, a maldição que acompanha os gênios criativos no âmbito das artes como um tipo de pedágio que deve ser pago por emprestar sua sensibilidade para a expressão do Belo. Tudo termina por se complicar ainda mais quando a vida de Barclay passa a ser alvo de interesse biográfico, e aqui temos a figura de um duplo denunciando um conflito que se tornaria cada vez mais comum no universo das letras: de um lado, a obra que o artista/escritor concebe; de outro, sua interpretação feita por biógrafos e críticos. Quem estará com a razão? É legítimo considerar os textos de apoio como parte integrante da interpretação de obras literárias? Essa é uma das questões que aparecem direto da natureza selvagem que é a literatura de William Golding.

O mais interessante é que o próprio Golding seria alvo dessa controvérsia. Na biografia William Golding: the man who wrote The lord of the flies, o ensaísta e professor da cadeira de literatura em Oxford John Carey destaca, para além da trajetória autoral do prêmio Nobel de Literatura de 1983, o fato de Golding ter se envolvido numa tentativa de estupro quando estudava em Oxford. O caso aconteceu com uma namorada da época, Dora, que, um ano depois, participou de outra história igualmente estapafúrdia: relação sexual ao ar livre para que o pai de Golding pudesse assistir ao intercurso dos dois jovens namorados. É curioso prestar atenção, a propósito do quanto esses relatos de natureza íntima funcionam, de uma só vez, para apimentar as histórias desses homens públicos e para trazer informações de bastidores supostamente necessárias para revelar o que está oculto na obra dessas personalidades públicas. Temos, assim, com as biografias, a possibilidade de um leitor arrivista se transformar especialista na interpretação artística graças aos pecados íntimos cometidos pelos autores em destaque. De acordo com essa linha de raciocínio, a conduta de William Golding quando jovem poderia estar representada, em sua literatura, nos abusos dos jovens garotos de O senhor das moscas ou na ganância descontrolada de Pincher Martin. Não deixa de ser uma hipótese, mas que, por vezes, empobrece a maneira como lemos a obra deste autor.

Morto aos 81 anos, depois de ter conquistado, além do Nobel, o Man Booker Prize, William Golding foi assombrado pelo sucesso de seu primeiro romance. Não que ele jamais tenha conseguido escrever novamente depois do impacto de O senhor das moscas (um romance que, vale a pena ressaltar, até o presente, é uma das melhores ilustrações acerca do funcionamento do assédio da massa em relação à liberdade individual), mas essencialmente porque a recepção à sua estréia fez com que sua obra fosse resumida e simplificada, tendo sido transformada em algo do tipo “os demais livros do autor”. Essa percepção de “escritor-de-um-grande-romance” se deve fatalmente aos padrões estabelecidos por um cânone literário que, malgrado seus esforços, acaba por sedimentar uma visão em muitos casos simplória dos autores — como se estes tivessem que preencher determinados espaços pré-estabelecidos da métrica literária em nome da qualidade ou mesmo relevância. Assim, longe de ser simplória, a leitura de William Golding, sobretudo hoje em dia, ressalta que a natureza selvagem que reside em cada um de nós pode se revelar a partir de cenários idealizados e acima de qualquer suspeita. Demasiadamente humano, Golding se aventurou a elaborar dramas de cunho moral e psicológico porque sabia que, numa situação limite (e boa parte de seus romances reforça o elemento da circunstância), só poderíamos contar com nossa própria consciência. Sua literatura, nesse sentido, é um alerta para que as nossas decisões não sejam condicionadas à paisagem inebriante e enganosa da utopia.

[1] Trecho da canção de Welcome to the Jungle, música do Guns n’Roses. A sugestão da epígrafe foi dada por Alfred Bilyk.

William Golding
Nasceu em Cornwall, Inglaterra, em 1911. Estudou Ciências Naturais e Literatura Inglesa em Oxford e serviu na marinha britânica na Segunda Guerra Mundial. Seu primeiro livro, uma coletânea de poemas, foi publicado em 1934, seguido por romances, ensaios e relatos de viagem. Em 1980, ganhou o Man Booker Prize por Rites of passage, e, em 1983, recebeu o Nobel de Literatura. Faleceu em 1993.
Fabio Silvestre Cardoso

É jornalista e doutor em América Latina pela Universidade de S.Paulo. Autor de Capanema (Record, 2019)

Rascunho