A arte contra a guerra

Kurt Vonnegut fez da ironia sua principal arma para expor os absurdos bélicos do século 20
Kurt Vonnegut por Dê Almeida
02/06/2014

It was the best of times, it was the worst of times, it was the age of wisdom, it was the age of foolishness, it was the epoch of belief, it was the epoch of incredulity, it was the season of Light, it was the season of Darkness, it was the spring of hope, it was the winter of despair, we had everything before us, we had nothing before us, we were all going direct to Heaven, we were all going direct the other way — in short, the period was so far like the present period, that some of its noisiest authorities insisted on its being received, for good or for evil, in the superlative degree of comparison only.
Charles Dickens, A tale of two cities

1.
Nas palavras do historiador Eric Hobsbawn, o século 20 foi a Era dos extremos, conforme o título de um de seus livros mais conhecidos, publicado ainda na década de 1990. A afirmação de Hobsbawn é marcante por vários motivos. Em primeiro lugar, porque estabelece uma narrativa sobre o período; em segundo, porque utiliza um recorte de eventos, da Primeira Guerra Mundial até o fim da União Soviética, como eixo para analisar aquele momento; em terceiro lugar, porque sua ênfase maior se dá nos conflitos bélicos que tornaram os 1900 bastante conhecidos, jogando luz, principalmente, na Segunda Guerra Mundial, entre 1939 e 1945. Outros historiadores, de igual ou maior talento, como Mark Mazower (O continente sombrio) e Tony Judt (Pós-Guerra), também se dedicaram a analisar aqueles anos, assim como os impactos que definiram o imaginário coletivo a partir dali. Talvez a dolorosa lição daquele século seja permanente: jamais poderemos compreender sob o ponto de vista intelectual como foi possível tamanho massacre e sangue quando, do ponto de vista racional, tantas mortes poderiam ter sido evitadas.

Talvez seja pertinente especular que o discurso pacifista, tal como é difundido atualmente, tenha sua origem a partir desse século 20. Lemos nos jornais, assistimos na TV e vemos no dia-a-dia a mobilização de pessoas que, ao redor do mundo, se manifestam também contra os conflitos militares internacionais. Mais recentemente, a tensão que envolveu Crimeia e Rússia chamou a atenção da opinião pública internacional, da mesma forma que, há alguns anos, houve passeatas internacionais contra a segunda invasão no Iraque que seria perpetrada pelos Estados Unidos e outros países que aos norte-americanos se aliaram. A face política desse tipo de embate é, para o bem e para o mal, mais conhecida do que a veia literária dessas mobilizações. Tanto é assim que autores como o norte-americano Kurt Vonnegut, autor de livros como Matadouro 5 e Café-da-manhã dos campeões, passa quase sempre ao largo de pessoas que se dizem engajadas por uma causa pacifista — verdade seja dita, esse é um problema de ausência de leitura em geral, não necessariamente de leitura específica sobre o tema.

Pois é exatamente esse tipo de abordagem, de uma só vez poética, sofisticada, irônica e crítica, que falta para fomentar o imaginário de quem se informa sobre esse tema. Ou, por outra: antes de partir de se engajar de forma cerebral e histriônica em torno de uma causa, valeria a pena resgatar um olhar menos factual e mais emocional para compreendermos o que a efetiva racionalização da vida pode provocar. Nesse sentido, a literatura de Kurt Vonnegut é um verdadeiro libelo contra todo tipo de opressão. Escritor de seu tempo, sua obra é marcada pelas experiências cruciais que viveu durante a Segunda Guerra Mundial, uma vez que é impossível dissociar seus dois principais romances de sua trajetória pessoal como prisioneiro de guerra e como alguém que viu acontecer o bombardeio em Dresden, Alemanha, onde morreram 135 mil pessoas. Vonnegut felizmente sobreviveu graças ao esconderijo que encontrou num subterrâneo — um matadouro de gado. Essa foi a matéria-prima para Matadouro 5, publicado pela primeira vez em 1969, ano em que outro conflito de magnitude emblemática acontecia: a guerra do Vietnã.

2.
Antes de investigarmos as relações existentes entre a obra de Vonnegut e a questão do pacifismo, não custa perguntar: de que maneira a literatura de ficção pode dar conta do fenômeno da guerra?

No final da década de 1990, o escritor alemão W. G. Sebald apresentou uma conferência em que analisava exatamente essa relação entre os conflitos bélicos e a literatura concebida pós-Segunda Guerra Mundial. Para ser mais preciso, Sebald assinalava um fenômeno a um só tempo interessante e assustador: no fim da Segunda Guerra Mundial, populações inteiras foram dizimadas, vilarejos foram pilhados, famílias foram esfaceladas e, como consequência, houve multidões de desabrigados perambulando sem rumo pelas estradas. Curiosamente, esse drama não foi necessariamente apreendido pela literatura alemã pós-1945. Em um dos textos que mais tarde apareceram coligidos no livro Guerra aérea e literatura, Sebald questiona: 

Como deveria ter começado uma história natural da destruição? Com um panorama dos pressupostos técnicos, logísticos e políticos da operação dos grandes ataques aéreos? Com uma descrição científica do fenômeno até então desconhecido das tempestades de fogo? Com um registro patográfico dos tipos característicos de morte ou com estudos de psicologia do comportamento sobre o instinto de fuga e de volta ao lar?

É certo que o tratamento do tema é verdadeiramente espinhoso. Como assinala o próprio Sebald, houve quem cuidasse dessa discussão, mas ora sob o viés do esteticismo, ora pela perspectivada retórica mística. De um modo geral, as artes, que já sofriam com a transição das vanguardas, agora necessitavam dar conta desse fenômeno não mais pela proposta da idealização, mas, talvez, da constatação de que algo havia sido perdido (a inocência, quem sabe?) acerca do sentido da modernidade e do avanço da técnica. Em contrapartida, autores diversos tentaram dar um tom grave para os dramas que surgiam a partir dali, comentando a questão a partir da percepção mais abrangente, acusando o golpe das sociedades totalitárias, ou, ainda, trazendo testemunhos e depoimentos que assombravam pela emergência do mal.

A ficção teria ficado refém de algo tão tenebroso como a Segunda Guerra? A resposta é verdadeiramente difícil de ser apresentada com exatidão; ainda assim, vale a pena observar quem nem todos os autores abordaram o tema sem levar em conta a imaginação. Assim, em vez do tom a sério, como quem quer trazer apenas as “notícias importantes”, escritores como Kurt Vonnegut preferiram a sátira como forma capaz de envolver seus textos, de modo que a concepção literária tinha como meta o escárnio, o riso que hoje certamente seria chamado de politicamente correto e, principalmente, a desconfiança de qualquer discurso/narrativa oficial acerca de um projeto da vida humana.

Em linhas gerais, portanto, é visível assim: Vonnegut pode ser entendido como o louco da casa, aquele de quem todas as pessoas esperavam o inesperado. Desse modo, ao tratar da guerra ele não propõe uma abordagem mais direta ou mesmo sofisticada; em vez disso, se esquiva para um riso que chama a atenção pelo absurdo e pela forma estridente com a qual vai demolindo as nossas frágeis certezas absolutas. Talvez essa seja a razão, aliás, para que o escritor norte-americano não seja mencionado na análise de Sebald — a demasiada ironia pode facilmente ser lida como tom de deboche descompromissado. De qualquer modo, Vonnegut fala da guerra e de suas consequências de forma bastante sensível[1]. Aqui, novamente, um comentário à margem é necessário: a ideia de sensibilidade aqui nada tem a ver com os bons sentimentos, ou, ainda, palavras dóceis em céu de veludo. Kurt Vonnegut é adepto de uma espécie de crueza que, para muitos leitores, pode parecer até com falta de preparo, definitivamente com ausência de esmero. No lugar de uma prosa leve e agradável, o escritor é adepto da tendência choque e pavor: ele costura a tessitura da dramaticidade como se estivesse suturando um ferido de guerra nos escombros de um vilarejo em conflito. A sua matéria-prima, assim, está em franca decomposição, logo na cara do leitor, que fica sem saber qual é a origem de tamanha virulência; por que é que ele está me dizendo as coisas desse jeito, se eu nada tenho a ver com isso?

3.
Conforme a sugestão de Vonnegut, somos culpados porque somos humanos, seres brutos e pouco elaborados, dotados de uma capacidade que confunde estratégia de sobrevivência com perversão e violência. Nesse quesito, nada poderia ser mais determinante do que Matadouro 5, um tratado exemplar sobre a experiência da guerra. Isso porque, hoje em dia, é bastante corriqueiro a tendência a observar os comportamentos pós-traumáticos por aqueles que atravessaram uma experiência limite. Se, em alguns casos, essa experiência se transforma em arremedo de loucura, em Vonnegut existe o elemento catalizador relacionado à criatividade.

Personagem fora do prumo, Billy Pilgrim é o protagonista que viaja no tempo para trazer à tona as suas recordações um tanto desconexas sobre a experiência de guerra. O absurdo dessa condição é revelado pelo narrador com as marcas deixadas pelo “são coisas da vida”, como se as mortes provocadas por um bombardeio fossem nada mais do que efeitos colaterais quando se trata de uma busca ainda maior — como a paz mundial ou o reestabelecimento de uma ordem internacional menos conflituosa. O narrador de Vonnegut observa essa circunstância de tal forma bestializado que parece não mais se importar com o impacto causado pelos bombardeios, da mesma forma que, de modo algum, ele parece afetado pelo que acontece à sua volta. Na verdade, dada a frieza de sua narrativa, às vezes, parece que estamos diante de um robô, com um discurso pronto para ser ditado, sem grandes sobressaltos. É com o grau de frieza a seguir que o leitor é informado a respeito das intenções do protagonista da narrativa:

Já então eu estava supostamente escrevendo um livro sobre Dresden. Na época não era um ataque aéreo muito conhecido nos Estados Unidos. Poucos americanos sabiam o quanto aquele bombardeio tinha sido pior do que Hiroshima, por exemplo. Eu também não sabia. Não fizeram muita publicidade a respeito.

No fragmento acima, nota-se um prato cheio para os exegetas da análise do discurso. Temos ao menos duas palavras-chave para estabelecer uma crítica contundente ao status quo: publicidade e Estados Unidos. E é aqui que o livro se torna interessante, uma vez que, muito embora seja uma obra passível de ser sequestrada por esse tipo de leitura amestradora, sua contundência e força literária residem na maneira como o narrador pondera o tom para descrever o mundo ao seu redor de maneira ainda mais singular. Do ponto de vista estético, é inegável que existiriam construções mais elaboradas do que essa; ocorre que, dado o absurdo da situação, esse tipo de comentário se torna ainda mais agressivo e visceral. Tido como exemplo de ficção científica, o romance de Vonnegut se destaca nesse segmento porque articula as viagens do protagonista com suas recordações de interno da ala psiquiátrica. Entre uma passagem e outra, existe a participação no zoológico de um planeta chamado Trafalmador. Nesse lugar, ele é a atração principal, numa espécie de freak show. Os habitantes daquele planeta querem saber mais sobre a vida dos humanos.

Ainda no tocante ao estilo, o que chama a atenção em Matadouro 5 é certa economia nas sentenças. Vonnegut escreve curto. Adota uma estratégia comum de alguns prosadores de língua inglesa, uma vez que, conforme certa tradição, as frases têm mais potência à medida que são mais breves. E, de fato, tal economia é uma espécie de marcação que contrasta com a proposta romanesca mais próxima do século 19, por exemplo, que utilizava períodos mais extensos e frases mais longas. Isso pode ser explicado, ainda, pela biografia do narrador, que atua como Relações Públicas, de certa maneira acostumado com um texto mais esquemático. E aqui, mais uma vez, é preciso estabelecer essa separação, a de um narrador que assume um estilo mais comedido em virtude das características que lhe foram concedidas pelo autor.

Na década de 1980, o escritor e ensaísta Martin Amis publicou um dos textos mais relevantes a propósito de Vonnegut (mais tarde, o artigo seria publicado na seleta Moronic inferno) E o texto não poderia começar de forma mais curiosa: Amis resgata a história de Vonnegut ranqueando seus próprios livros de acordo com uma ordem de relevância. Nessa atribuição do próprio autor, sugere Amis, sua obra era irregular. E o autor inglês destaca, ainda, que o romancista norte-americano carregava uma espécie de oposição incontornável: ao mesmo tempo em que era um escritor de sua geração, extremamente popular, com livros impressos, sua obra não ocupava um espaço privilegiado junto aos críticos e aos grandes romancistas de todo o tempo. Martin Amis assinala, a propósito disso, que as bandeiras pacifistas ou mesmo sua proto-filosofia naif fazia com que as pessoas sentissem vergonha de reconhecer talento em Vonnegut[2]. Este, por sua vez, se defendia, afirmando que os acadêmicos o rejeitavam porque sua escrita era clara e direta, o que acabava sendo confundido com ausência de talento.

De acordo com a análise de Martin Amis, a classificação de Kurt Vonnegut como escritor de ficção científica se justifica apenas em alguns de seus textos anteriores à publicação de Matadouro 5; desse modo, o livro é uma espécie de divisor de águas em sua trajetória autoral — isso porque, ainda que seus contos e romances anteriores sejam bem construídos, é para o livro publicado em 1969 que todos os esforços convergem. E talvez seja lícito especular que isso esteja relacionado com a guerra do Vietnã que, naquele momento, levava para a morte milhares de jovens norte-americanos.

4.
De todo modo, não é legítimo assinalar que a sua capacidade narrativa se esgota em 1969, ano em que os Estados Unidos estavam no auge da Guerra Fria, vivendo o seu momento Sputnik, como afirmaria anos e anos depois o atual presidente norte-americano Barack Hussein Obama. Café-da-manhã dos campeões é mais um tour de force do autor para com suas obsessões: a ironia como ferramenta para a crítica política e social; a contundência para atacar a predominância hegemônica dos Estados Unidos; e a reafirmação de personagens desajustados como figuras ideais para compor uma narrativa contemporânea. Aqui, o horror da guerra não é o tema central do romance, mas é, sem dúvida alguma, um dos alvos preferenciais da história. O livro traz a trajetória de dois personagens, um escritor de ficção científica, Kilgore Trout, que descobre que um típico americano médio (sim, o tom é decididamente crítico), Dwayne Hoover, está levando a pé da letra a ficção escrita por Trout. Para o bem e para o mal, o resultado é um terremoto em termos de mensagem, uma vez que não somente os temas de sempre são revisitados, mas também a prosa de Vonnegut se consolida com os esquemas que são utilizados por ele.

Com isso, se, por um lado, temos aqui um autor com plena consciência e domínio do estilo que pretende apresentar nessa narrativa, dando ênfase às questões políticas e culturais da sua época da maneira mais provocativa possível; por outro, nota-se certo cansaço em termos de alcance desse tipo de estratégia. Assim, por exemplo, Vonnegut lança mão de desenhos ao longo do livro para ajudar a forjar a imaginação de alguns de seus personagens. Ocorre que, a certa altura, tais desenhos não agregam qualquer significado relevante, a não ser o desejo permanente do autor em chocar a burguesia. E assim o leitor é apresentado aos desenhos que remetem a orifícios humanos, passarinhos, automóveis e tantos outros. Mas o impacto é nada mais que risível. Ao falar da Alemanha, por exemplo, são apresentadas algumas imagens da Suástica, como alusão à Segunda Guerra Mundial, e depois ao automóvel Fusca, para falar do desenvolvimento econômico daquele país. As frases que acompanham as imagens deveriam soar de forma contundente para que o efeito provocado fosse corrosivo. No entanto, não passa de fogo pálido ou arremedo de provocação pueril, como se lê a seguir:

Depois que voltaram a ficar bem, [os alemães] fabricaram um automóvel barato e durável que se tornou popular em todo o mundo, principalmente entre os jovens. Ele é chamado de besouro [Fusca]. Um besouro de verdade era assim [e segue a imagem de um besouro]. O besouro mecânico foi feito pelos alemães. O besouro de verdade foi feito pelo criador do universo.

Para além das imagens e da provocação, outro elemento que salta os olhos nesse texto é a capacidade de Vonnegut preservar a prosa mais enxuta em detrimento de longas descrições. Isso não esvazia, contudo, a capacidade do autor em expressar a sua indignação. Do adjetivo ao substantivo, o escritor norte-americano deve ser percebido como ator político por excelência, fazendo de seus romances libelos que buscam contestar a qualquer governo, uma vez que o poder constituído representa uma estratégia de dominação e sublimação do outro. Em 1973, ano em que Café-da-manhã dos campeões foi publicado, o impacto disso não era simplório. O romance se tornou célebre, também, porque o seu autor soube capturar qual era a mensagem que os leitores desejavam e precisavam ler. Em obras posteriores, o seu problema foi não perceber que essa abordagem perdeu o viço na medida em que a ironia, antes uma arma fundamental para a crítica política, se transformou num trampolim para a insensibilidade. Dito de outra maneira, um autor que hoje em dia escrever que o hino da América é uma “baboseira só” não causará a mesma reação, uma vez que este parece ser o novo consenso. As marcas do tempo corroeram boa parte da verve estridente que Vonnegut apresentava como elemento-chave da contestação. Sua causa política facilmente seria interpretada como ideologia próxima deste ou daquele partido, isso se não fosse desqualificado como reacionário ou revolucionário.

Um dos preços a serem pagos por tamanha posição — seja no tocante ao estilo, seja em relação à mensagem que é transmitida — é a identificação permanente com esta ou aquela bandeira, ainda que suas características extrapolem a caricatura. No caso de Kurt Vonnegut, Matadouro 5 e Café-da-manhã dos campeões são diagnósticos certeiros e verdadeiros retratos do pânico e do horror à guerra, algo que seria elaborado pelos historiadores e demais intérpretes somente muito tempo depois. Se a virtude foi ter capturado esse espírito do tempo, o vício de permanecer como um outsider escandaloso fez de Vonnegut apenas um bufão literário e, com o tempo, seus méritos estilísticos e capacidade se tornaram opacos demais para o edifício literário que ele mesmo construiu. 

Leia texto de Fernando Monteiro sobre Kurt Vonnegut.

[1] À época do 11 de Setembro, Kurt Vonnegut escrevia um romance que tinha como argumento um comediante que fazia piadas durante os últimos dias da humanidade. Mas com os ataques terroristas que aconteceram naquele ano Vonnegut fica em choque e deixa o romance de lado por mais de um ano.
[2] Na década passada, pouco depois da aprovação do Patriot Act, que restringia as liberdades civis como prevenção para novos ataques terroristas, Kurt Vonnegut se pronuncia a respeito, reafirmando a importância da liberdade da expressão. Desde então, Vonnegut se torna um dos principais críticos da administração George Bush (2001-2008).

Kurt Vonnegut Jr.
Nasceu em Indianápolis, nos Estados Unidos, em 1922. Entre seus livros, destacam-se Matadouro 5, publicado em 1969, e Café-da-manhã dos campeões, de 1973. Escreveu, ainda, contos e outras novelas que recentemente foram reunidas na coleção da Library of America. No Brasil, os dois romances citados neste ensaio foram publicados pela editora L&PM. Pouco antes de morrer, afirmou, em uma das suas últimas entrevistas, que sua obra estava completa: “não tenho mais nada a dizer”, foram suas palavras. Kurt Vonnegut faleceu aos 84, em abril de 2007.
Fabio Silvestre Cardoso

É jornalista e doutor em América Latina pela Universidade de S.Paulo. Autor de Capanema (Record, 2019)

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