No romance Piranesi, lançado pela Morro Branco, Susanna Clarke constrói uma história que flerta com a destruição e loucura, tendo o personagem-título como testemunha de estranhos acontecimentos que rondam a Casa, onde talvez sempre tenha vivido.
Diariamente, como um pesquisador obstinado, Piranesi registra em diário tudo que vai encontrando na espécie de infinito onírico em que habita: labirintos de salões, um sem-fim de estátuas e nuvens que passeiam pelos cômodos superiores.
O único companheiro do personagem é o Outro, que vai ajudá-lo a tentar desvendar o que são as mensagens feitas com giz no chão da Casa. Nessa investigação, textos perdidos e segredos sombrios vão ser encontrados — e o mundo deles, às vezes povoado por mortos, não será mais o mesmo.
De acordo com crítica publicada no The Washington Post, a obra é “extremamente inteligente”. Mesmo que a autora tenha ficado 17 anos sem lançar um romance, desde que estreou com Jonathan Strange e Mr. Norrell (2004), “nenhum dos encantos de Clarke se perdeu — pelo contrário: evoluíram”.
Piranesi foi lançado em setembro de 2020 no Reino Unido e rapidamente alcançou o topo de listas de livros mais vendidos. A obra venceu o Women’s Prize for Fiction de 2021 e foi finalista dos prêmios Hugo e World Fantasy.