Morreu nesta quinta-feira (9), o professor e membro da Academia Brasileira de Letras Tarcísio Padilha. Ele presidiu a instituição entre os anos 2000 e 2001. Vítima de Covid, ele tinha 93 anos.
Em nota, Marco Lucchesi, presidente da ABL, disse que “Tarcísio encarnou a filosofia da hospitalidade e da acolhida, pondo em prática o ideal de Panikkar: o ‘diálogo dialogante’”, e que
a instituição perdeu uma “de suas figuras mais queridas e admiradas”.
Padilha nasceu no Rio de Janeiro (RJ), em 1928. Bacharel em Filosofia e Direito pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, foi professor titular de Filosofia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro e de diversas outras instituições superiores do Rio de Janeiro, como a PUC, a Universidade Santa Úrsula e a Universidade do Estado do Rio de Janeiro.
Exerceu inúmeros cargos de direção durante sua vida profissional. Foi Vice-Presidente e, a seguir, Presidente do Centro Dom Vital; Presidente da Comissão de Planejamento da Universidade do Estado do Rio de Janeiro e da seção do Rio de Janeiro do Instituto Brasileiro de Filosofia, além de Diretor do departamento de estudos da Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra.
Com a morte de Padilha, há agora cinco cadeiras vagas na ABL. Em menos de dois anos, outros quatro acadêmicos morreram: o diplomata Affonso Arinos de Mello Franco, o jornalista Murilo Melo Filho, o crítico literário Alfredo Bosi e o advogado e ex-vice presidente da República Marco Maciel.
Há pelo menos três nomes confirmados para concorrer às vagas: a atriz Fernanda Montenegro, o compositor Gilberto Gil e o escritor Edney Silvestre.