Após seis anos fechado, depois que um incêndio destruiu parte do prédio, o Museu da Língua Portuguesa foi reaberto ao público neste domingo (1).
A cerimônia oficial de reinauguração foi realizada no sábado (31) e contou com representantes de países que falam a língua portuguesa, como o ministro da Cultura de Angola, e os presidentes de Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca, e Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa. O presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, não compareceu à cerimônia.
O museu recebeu a Ordem de Camões, concedida pelo governo português a pessoas e instituições que prestem serviços relevantes à língua portuguesa. O presidente de Portugal discursou durante a cerimônia.
“Seis anos volvidos, aqui viemos para não esquecer as cinzas do passado, mas para a partir delas construirmos o futuro. (…) Essa é uma celebração do futuro, o nosso futuro, o futuro da nossa língua em comum”, afirmou.
Histórico
Um dos primeiros museus totalmente dedicados a um idioma, ele é localizado na Luz, região central de São Paulo, cidade que tem o maior número de falantes do português no mundo. São 260 milhões de falantes dessa língua em todo o planeta.
O restauro da estrutura na Estação da Luz, marco da arquitetura paulistana, custou R$ 85 milhões.O Museu passou por um processo de ampliação. Além disso, todo o conteúdo foi atualizado. Mesmo com as portas fechadas para a reforma, o acervo quase sempre esteve à disposição, inclusive numa exposição que percorreu Cabo Verde, Angola, Moçambique e Portugal.
Inaugurado em março de 2006, o Museu da Língua Portuguesa é um dos mais visitados do Brasil: foram cerca de 4 milhões de pessoas até o incêndio, em 21 de dezembro de 2015.
O Museu abre de terça-feira a domingo, das 9h às 16h30. Os ingressos custam R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia-entrada). Aos sábados, a visitação é gratuita.