Nos contos de Chão em chamas, um dos dois livros que o mexicano Juan Rulfo lançou, a América Latina profunda é recriada com linguagem coloquial e econômica, trazendo todos os problemas e a pouca esperança que caracterizam esse território.
“Acredito que estas páginas são tão perduráveis quanto as que conhecemos de Sófocles”, escreveu Gabriel García Márquez, autor de Cem anos de solidão, afirmando ainda que a obra do mexicano ajudou-lhe a produzir sua própria.
Juan Rulfo nasceu em Jalisco, México, em 1917. Os dois livros que publicou — Chão em chamas (1953) e Pedro Páramo (1955) — foram o suficiente para fazer do autor um dos grandes nomes da literatura em língua espanhola.
Traduzida em mais de 32 idiomas, sua obra conta com vasta herança crítica, entre seus célebres comentadores estão Octavio Paz e Susan Sontag. Morreu em 1986, na Cidade do México.