Morreu nesta quarta-feira (3), no Rio de Janeiro, a poeta e embaixadora Vera Pedrosa, aos 85 anos. Seu primeiro livro de poesia, Poemas, é de 1964. Publicou ainda Perspectivas naturais (1978), De onde voltamos o rio desce (1979) e A árvore aquela (2015).
Em 1976, integrou a antologia 26 poetas hoje, organizada por Heloisa Buarque de Hollanda e que reuniu nomes da “geração mimeógrafo”, composta por poetas à época à margem das grandes editoras. O livro acaba de ganhar nova edição pela Companhia das Letras.
Filha do influente crítico de arte Mário Pedrosa, Vera passou parte da infância entre Washington e Nova York, acompanhando os pais, militantes trotskistas forçados ao exílio durante o Estado Novo. No Rio, onde nasceu em 2 de janeiro de 1936, a casa da família era frequentada por artistas plásticos, escritores, críticos de arte, pensadores e políticos.
Licenciada em Filosofia pela então Universidade Federal do Brasil (hoje UFRJ), trabalhou como jornalista de 1960 a 1967, no Correio da Manhã e no Jornal do Brasil.
Vera também teve uma carreira importante no Itamaraty. Foi a primeira mulher a assumir o cargo de subsecretária-geral de Assuntos Políticos do Ministério das Relações Exteriores e pioneira na área do meio ambiente.