Em versos de plena indignação lírica, Andityas Soares escancara a inescapável futilidade que rege a existência — seja explorando as manchetes dos jornais na internet, como a que informa que “Thammy posa só de sunga após a retirada das mamas”, ou fazendo reflexões sobre como o mundo seria se os homens não tivessem medo. Esses arroubos de insatisfação, que culminam no desejo de o poeta queimar a própria obra por compreender sua inutilidade, descambam em uma lírica angustiada e feroz.