Em seu primeiro trabalho autoral, o paulista Matheus Vigliar combina versos e ilustrações para narrar sua convivência com pessoas diagnosticadas com Alzheimer, incluindo sua própria mãe. A doença, que degenera a memória, é retratada com delicadeza e abre espaço para a criação, literária e pictórica, de um universo onírico — como o daqueles que convivem com esse mal. É o caso de Seu José, por exemplo, que “havia esquecido de tudo” e “sido também esquecido”.