“Quero ir embora desta porra” é a primeira manifestação do protagonista de Vapor barato, marcando já de início o tom de desesperança que perpassa a obra. Construído como uma série de sessões de psicanálise, o livro remói os acontecimentos políticos recentes de Esmerilhândia. Coincidência ou não, é bem possível que o leitor brasileiro se identifique e se enfureça com as disfunções da vida pública desse lugar em ruínas. Dessa jornada tortuosa de autoconhecimento, fica a questão: É possível adoecer de um país?