Sempre se pode dançar? Állex Leilla Caio Fernando Abreu era um obcecado pela perfeição — percebida nas frases redondas e nos parágrafos poéticos que podem ser lidos em voz alta e nos quais não se encontra nenhum ruído, nenhuma cacofonia, nenhum estranho trocadilho, nenhuma palavra inadequada, nenhum trecho truncado ou ilógico. Edição 61, Maio de 2005
Estranho tango Luiz Horácio Viamão - RS Em “A um passo”, Elvira Vigna mantém o foco nas dificuldades do relacionamento entre as pessoas sempre repleto de hipocrisia e violência Edição 61, Maio de 2005
Agressivo, mas elegante Paulo Polzonoff Jr. Rio de Janeiro – RJ Em Contra o consenso, Reinaldo Azevedo reúne ensaios e resenhas publicados nas revistas Bravo! e Primeira Leitura Edição 61, Maio de 2005
Queremos de volta as pequenas e acolhedoras livrarias Fernando Monteiro Recife - PE O livro talvez seja um estranho no ninho das novas livrarias suntuosas de espelho, luz e vazio como uma casa moderna num antigo filme de Antonioni sobre o eclipse do humano na noite da incomunicabilidade Edição 61, Fernando Monteiro, Maio de 2005
O romance oculto bate na cela Nei Duclós Florianópolis – SC “Os corações futuristas”, de Urariano Mota, lembra o quanto ainda vivemos sob o tacão do autoritarismo, disfarçado agora numa representação, a democracia Edição 61, Maio de 2005
Livrar-se da casca Andrea Ribeiro Curitiba - PR Em “O suicida feliz”, Paulo Nogueira trata do suicídio sem cair no sentimentalismo ou niilismo exacerbados Edição 61, Maio de 2005
Retrato ainda atual Adriano Koehler Curitiba - PR Em BUtterfiel 8, John O’Hara pegou os verdadeiros Estados Unidos e, sem pudor, escancarou o que era escondido por cortinas e iates Edição 61, Maio de 2005
Um Churchill ainda sem sangue, suor e lágrimas Julio Daio Borges São Paulo – SP Em “Grandes homens do meu tempo”, observam-se a inteligência, o poder de observação e o estilo preciso de Winston Churchill. Edição 61, Maio de 2005
Laboratório de interrogações Fabio Silvestre Cardoso São Paulo - SP Em “A coleção particular”, Georges Perec propõe uma sucessão de jogos e labirintos, nos quais a sensação não é a de se estar necessariamente perdido, mas em uma rede com inúmeras variáveis. Edição 61, Maio de 2005
Seria melhor não encontrar G. K. Chesterton Wilson Hideki Sagae Curitiba – PR O encontro com o escritor que considerava todo ato um sacrifício e para quem desejar uma ação era uma limitação Edição 61, Maio de 2005