Se é correto afirmar que a literatura, por definição, é uma experiência comunicável, o romance de estreia do paulistano Rafael de Oliveira Fernandes joga com essa ideia ao elaborar um narrador-protagonista que compartilha com o leitor suas angústias, dúvidas, emoções e saudades. Ao mesmo tempo, a dicção própria do autor estreante também oferece experiências discursivas — diferentes visões que pululam na história, saltos temporais e fragmentação narrativa.