🔓 Vamos chamá-la de Maria

Em seu mais recente romance, a carioca Adriana Armony foca mais uma vez sua lupa ficcional nas mulheres e em seus dramas pessoais
Vamos chamá-la de Maria
Adriana Armony
Reformatório
112 págs.
01/02/2024

Em seu mais recente romance, a carioca Adriana Armony foca mais uma vez sua lupa ficcional nas mulheres e em seus dramas pessoais. Depois de narrar a história da artista modernista Patrícia Galvão em Pagu no metrô, ela entrelaça a vida de duas mulheres bem destintas em Vamos chamá-la de Maria. Na varanda do seu apartamento, uma mulher branca de classe média lê uma matéria sobre uma outra mulher, preta e pobre, vítima de tráfico sexual. Sob o impacto dessa história, passa a imaginá-la, entrelaçando duas narrativas: as suas próprias experiências erótico-amorosas e as noites assustadoras de escravidão sexual dessa personagem que ela chama de Maria e que poderia ser qualquer mulher. Nesse entrelaçamento em que os homens de uma transitam para a vida da outra, a dicotomia que existe entre as duas personagens ao mesmo tempo se acentua e se dissolve. “O paralelo entre as sexualidades femininas, uma ‘livre’ e a outra ‘escrava’, é muito instigante”, escreve o romancista Alberto Mussa sobre a obra.

Rascunho

Rascunho foi fundado em 8 de abril de 2000. Nacionalmente reconhecido pela qualidade de seu conteúdo, é distribuído em edições mensais para todo o Brasil e exterior. Publica ensaios, resenhas, entrevistas, textos de ficção (contos, poemas, crônicas e trechos de romances), ilustrações e HQs.

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