O título deste livro foi retirado de um verso de Álvaro de Campos, heterônimo de Fernando Pessoa, conhecido por ser um futurista que paradoxalmente ironiza o progresso. O que tem tudo a ver com a história proposta por Leila de Souza Teixeira. A personagem central, Geórgia, é uma servidora do judiciário brasileiro insatisfeita com o trabalho. Ela percebe que não é somente a rotina presa ao tribunal que a incomoda, mas o barulho da cidade; a hostilidade da vida urbana; a poluição visual dos centros comerciais; o culto ao excesso de trabalho; as exigências de produtividade, consumo e sucesso, etc. Após conhecer Olivia (canadense que abdicou de um alto salário em uma empresa de telecomunicações de Montreal, para recolher plásticos em praias e oceanos), a protagonista embarca em uma viagem que a levará a uma nova forma de existência.