Assim como o molho que dá nome à publicação, nesta coletânea de quadrinhos independentes e autorais há espaço para diversas variações — a cada novo ingrediente, mais sabor. Os 41 artistas reunidos, em um projeto que ficou parado por nove anos, dão uma amostragem da produção gráfica contemporânea, com traços e ideias distintas, de autores nacionais e estrangeiros. A coisa toda vai do cartunesco ao abstrato, com narrativas que discutem temas como negacionismo, intolerância e violência. Não à toa, a publicação afirma estar gerando um “caos coeso”, por meio de nomes como Laerte, Rafael Coutinho, Amanda Miranda e Marília Marz, entre outros. “Propomos tocar em questões atuais, sobre o que estamos passando. Não era necessariamente um tema impositivo, tem muita coisa fora desse recorte”, pondera um dos editores, Christiano Mascaro, em entrevista ao Diário de Pernambuco. “Mas queríamos que essa edição ajudasse a refletir, de alguma maneira e em alguma extensão, o nosso tempo.”