Em mais uma incursão pelas narrativas breves, Luiz Paulo Faccioli busca a visão do outro para esmiuçar a condição humana. Os contos são narrados em primeira pessoa, como o título sugere, e buscam o que há de talvez mais potente no fazer literário — a empatia, com o objetivo de “ver e sentir o mundo por outra ótica e por outros sentidos”. É a partir disso que um pai se assombra ao perceber que sua filha já cresceu ou que um drama familiar se desenvolve pelo não dito, muitas vezes dialogando com a música brasileira e com a própria literatura.