Neste romance de autoficção, a espanhola Laura Ferrero mergulha nas lacunas da memória e nos silêncios familiares para reconstruir a própria história. Aos 35 anos, a narradora encontra uma fotografia da infância com os pais — imagem que desencadeia uma busca por sentido diante de uma ausência que sempre a acompanhou. Com lirismo contido e precisão emocional, a autora transforma a dor da distância afetiva em literatura. Segundo o El País, trata-se de um retrato sensível dos filhos de casamentos desfeitos nos anos 1980, marcado por uma “reconstrução da memória do esquecimento”. Já a revista CC Magazine destaca a habilidade de Ferrero em explorar “as profundezas das relações humanas” com uma escrita íntima e reflexiva. Os astronautas é um romance sobre o desejo de pertencimento, a fragilidade dos vínculos e a tentativa de compreender o que nos torna quem somos — mesmo quando nossas origens parecem flutuar, como corpos em órbita, fora de alcance.