Pela manhã, ao se barbear, o psicanalista Freitas questiona seu ofício e pensa em como seria fácil deslizar a lâmina pelo próprio pescoço — “talvez eu estivesse deprimido”, pondera o narrador-protagonista, que lida diariamente com a perversão, a neurose e casos-limites, numa rotina que pode ser “mais emocionante do que uma roleta-russa”. Quando a vida pessoal e profissional de Freitas se confundem de maneira inesperada, ele passa a ser investigado e suas problemáticas relações — com colegas, pacientes e ex-amantes — vêm à tona.