Nestas “memórias de infância e juventude”, como diz o subtítulo, o paulistano transita entre a autobiografia e a ficção para resgatar um período que, não fossem as muitas anotações que sempre costumou fazer e os objetos que conservou, estaria perdido no passado. “Contar o tempo é uma ilusão, como todos sabemos — mas e se não contássemos?”, questiona a certa altura, em uma narrativa que também revisita eventos políticos e sociais do Brasil.