O abismo parece estar à espreita deste conjunto de contos. De acordo com a poeta Mar Becker, “Tavares domina como poucos a arte de compor imagens com a voz, dizer com imagens”. Em Lobuno-Azulado-Fantasma, por exemplo, quando o personagem Miro parece se aproximar do território do indizível, todos os belos cavalos surgem para ressignificar a falta do que dizer. “As figuras destes contos conjugam imanência e evanescência”, define a autora de A mulher submersa (2020).