Um conjunto de crĂ´nicas de Luiz Ruffato marca o inĂcio de uma sĂ©rie de publicações da Maralto — selo que já nasceu com 150 tĂtulos no catálogo, herdados da editora Positivo. Em NinguĂ©m em casa, o mineiro reĂşne 30 textos publicados nos jornais El PaĂs, Folha de S. Paulo e Rascunho, no qual ele assinou a coluna Vista parcial por um ano. Em maior ou menor grau, todas as crĂ´nicas passaram por modificações e estĂŁo agrupadas em ordem alfabĂ©tica, formando um mosaico que pode ser lido como narrativa Ăşnica — passando por momentos da infância e juventude do autor, com tributos Ă cidade natal de Ruffato, Cataguases (MG), e Ă capital do Brasil. O tom memorialĂstico do conjunto revela a infância pobre de um menino mineiro e sua improvável guinada para a literatura, área em que o autor dos romances O verĂŁo tardio (2019), Flores artificiais (2014) e Eles eram muitos cavalos (2001), entre outros, construiu uma sĂłlida carreira.