“Não é exagero dizer que os quadrinhos de Julie Doucet mudaram a história dos quadrinhos.” Essa foi a definição da Paris Review sobre o trabalho da autora canadense, que em 2022 ganhou o Grand Prix de Angoulême, maior premiação dos quadrinhos na França. Meu diário de Nova York é um retrato franco a respeito das ambições, angústias, sonhos e tropeços de uma jovem mulher iniciando sua vida sexual e profissional. As HQs do álbum foram lançadas pela primeira vez em 1998 e esse é o primeiro livro de Doucet publicado no Brasil (e na América do Sul). Saudada logo no início de carreira por grandes mestres do quadrinho norte-americano como Robert Crumb, Aline Kominsky-Crumb e Art Spiegelman, Doucet foi ela própria a mestra pioneira que inspirou uma nova geração de quadrinistas, de Marjane Satrapi à brasileira Fabiane Langona, para quem a canadense é “ídola de sempre”.