Máquinas Escrotas é uma releitura do clássico do gótico brasileiro Noite na taverna, publicado em 1855 por Álvares de Azevedo. Como na obra original do escritor romântico paulista, o livro de Rodrigo Santos trabalha com temas densos e obscuros da natureza humana. “Somos apenas máquinas escrotas de comer, cagar e trepar”, diz o personagem Friaça, na mesa do bar. Quatro amigos se reencontram no velório da Mãe de Santo que ajudou a criá-los, e contam como foram as suas vidas. Histórias de amor miseráveis, envolvendo o sobrenatural, que acabam se cruzando, naquela mesa de bar. Rodrigo Santos não poupa esforços em sua homenagem a uma de suas maiores inspirações, e traz uma obra crua e cruel, cujo desconforto se mescla ao encanto. Autor que comumente ambienta suas histórias em São Gonçalo (RJ), sua cidade natal, Santos é autor do elogiado romance policial Macumba e idealizador do evento Uma noite na taverna.